Chalita promete R$ 50 mi para informatizar o SUS e evitar corrupção
O candidato do PMDB à prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, apresentou sua proposta de governo para a área da saúde da capital paulista na manhã desta segunda-feira, no centro da cidade. Além da construção de hospitais e novos centros de atendimento básico, Chalita pretende informatizar o Sistema Único de Saúde (SUS) para evitar a corrupção. De acordo com ele, o gasto para a modernização dos aparelhos seria de R$ 50 milhões, além dos R$ 525 milhões que também serão destinados à saúde pública.
O chamado Governo Eletrônico (E-Gov) seria aplicado com a criação do Cartão Paulistano, que conterá todas as informações de saúde do cidadão, como exames antigos, consultas e todo histórico do paciente. Além disso, Chalita pretende fazer um cadastro único dos pacientes, com disponibilização online de exames e outras informações aos médicos e usuários, e a modernização das Unidades de Saúde e integração dos sistemas de dados e informações em rede.
"Temos consciência da máfia que existe no governo. E as pessoas não têm voz para denunciar. Vimos máfia de uniformes, máfia de tablets, máfia de merenda escolar, máfia da Controlar. Chegou o momento de termos coragem de peitar isso ou São Paulo vai desperdiçar ainda mais dinheiro. O mais eficiente para combater a corrução está no governo eletrônico, pois temos que dar transparência a isso", afirmou Chalita.
O candidato do PMDB afirmou ainda que o custo dessa informatização será de R$ 50 milhões e que esse valor não é mais tão alto como há alguns anos. "Os médicos poderão saber todo histórico, comparar exames. Se você não tem isso em rede você não tem o histórico da sua vida. Isso é uma coisa que não é mais tão caro como antes. Há cidades fazendo isso, cidades do interior, mas é o conceito de informatizar. É um sistema de inteligência para melhorar o sistema de saúde de São Paulo".
Chalita deixou claro que a informatização e toda a melhoria no sistema de saúde da capital paulista serão em parceria com os governos Estadual e Federal. Apenas as 57 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que custarão R$ 22,8 milhões serão com o dinheiro da Prefeitura. Já as 39 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), gastando R$ 55 milhões, cinco Centros de Referência à Saúde da Mulher (R$ 40 milhões), 20 Centros de Referência à Saúde do Idoso (R$ 8 milhões) e a construção de quatro hospitais (R$ 400 milhões) terão a parceria com o os governos do Estado e Federal.
"Queremos uma proposta racional em uma parceria com o Governo Federal e Estadual. São Paulo perdeu muito com essa briga entre Prefeitura, Estado e Federal. O que queremos é beneficiar a população de São Paulo. Onde há recursos temos que ir atrás. Temos que aproveitar. Não podemos abandonar o que está sendo feito. Temos que melhorar o que está sendo feito e aproveitar tudo o que o anterior fez, fazendo funcionar o que já existe", disse Chalita.
Nesta segunda-feira Chalita iniciou uma série de três apresentações, mostrando a militantes e candidatos a vereador seus planos de governo. Depois de falar sobre a saúde na capital paulista, o candidato discutirá o transporte na quarta-feira, seguido pela educação, na sexta-feira.
"É uma área em que a ação tem que ser urgente. Começamos a mostrar o que é possível construir. Sempre ouvimos a população e a educação é, sem dúvida, a política pública que faz a cidade mais justa. O cidadão consegue melhorar sua história, melhorar a história de sua família. A educação é fundamental, mas a saúde é a mais urgente, mais desesperadora. É o momento em que a pessoa mais precisa do estado e o estado é ausente. A saúde dialoga com outras áreas e todo nosso projeto, nosso plano é integrado. Temos que cuidar do espaço em que a pessoa vive. Temos que levar as melhorias para esse local", explicou.