Dilma nega ajuda do Planalto para elaborar perguntas de CPI
A presidente Dilma Rousseff negou nesta quarta-feira que assessores do Palácio do Planalto tenham articulado a elaboração de perguntas para depoentes da CPI da Petrobras. Em entrevista após evento com os principais candidatos a presidente, em Brasília, Dilma disse que a Presidência não é "expert" em petróleo e gás e sugeriu que apenas técnicos do setor têm capacidade de tratar sobre o tema.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo publicada nesta quarta, o secretário-executivo da Secretaria de Relações Institucionais, Luiz Azevedo, ajudou a elaborar o plano de trabalho da CPI, aprovado em maio, que incluía um roteiro para investigação e sugestões e perguntas. Dilma demonstrou irritação ao ser questionada sobre o tema, após sabatina da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
"Eu acho extraordinário, primeiro porque o Palácio do Planalto não é expert em petróleo e gás. Queria saber quem elabora perguntas sobre petróleo e gás para a oposição também. Não é o Palácio do Planalto e não é a sede de nenhum partido”, disse a presidente. "Acho estarrecedor que seja necessário alguém de fora da Petrobras formular perguntas para ela”, afirmou, sem deixar claro seu raciocínio.
Questionada por uma jornalista sobre a possibilidade do Tribunal de Contas da União (TCU) bloquear os bens da presidente da Petrobras, Graça Foster, dentro do processo que investiga a compra da refinaria de Pasadena, Dilma evitou comentar o assunto antes do julgamento. “Você já julgou, querida? Se você julgou, eu te agradeço por não fazer isso. Acho que se não houve julgamento não se gera constrangimento nenhum”, perguntou a presidente, visivelmente nervosa.
Durante a sabatina na CNA, a presidente Dilma Rousseff defendeu políticas de seu governo e assumiu o compromisso de melhorar os investimento da defesa agropecuária, que segundo ela, está aquém do esperado. "Em 2006, lembro que alguns laboratórios de excelência estavam sucateados. Acredito que a modernização da rede de laboratórios é crucial para que a gente tenha uma política comercial agressiva para esta área", disse.
Dilma descarta elevar Cide sobre gasolina para favorecer etanol
Em entrevista coletiva, a presidente Dilma Rousseff, candidata pelo PT à reeleição, descartou a ideia de favorecer o setor do etanol pode meio do aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina. Dilma apontou ações já em curso pelo governo federal para estimular o setor, como o estudo para ampliar de 25% para 27,5% a quantidade de álcool anidro adicionado à gasolina, por exemplo.