ESPORTES
NAS QUADRAS - Tudo sobre basquete
Por PEDRO RODRIGUES
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Publicado em 30/01/2023 às 12:16
Alterado em 30/01/2023 às 12:16
Lições Aprendidas
No último sábado, dia 28 de janeiro, chegou ao fim a quinta edição da Copa Super 8, torneio da Liga Nacional de Basquete, mesma entidade que organiza o NBB. Se olharmos somente os famosos 144 caracteres do que foi o torneio, vitória do Sesi Franca na final por 76 a 65 com David Jackson como MVP, podemos não perceber algumas nuances e histórias interessantes que a competição nos proporcionou.
Veja aqui os melhores momentos da Final da Copa Super 8
Vamos começar pelo topo: o campeão Sesi Franca. Perdão, BI-campeão. O time do técnico Helinho confirmou em quadra o que o mundo do basquete Nacional já sabe: o Franca tem o melhor time do Brasil. A equipe está invicta no NBB e na BasketBall Champions League sem nenhuma derrota. Não foi diferente na Copa Super 8. 3 jogos e 3 vitórias dos Francanos. Vitória sobre o Bauru por 83 a 58, na semi a vítima foi o Corinthians (falo deles mais pra frente) pelo placar de 80 a 72 e na final contra o Fla, vitória de 76 a 75. Quando olhamos o elenco do Franca, não é difícil entender o porquê disso. Lucas Dias, Lucas Mariano, Georginho e o veterano David Jackson já foram MVP (jogador mais valioso) de pelo menos um NBB. Sendo que Dias, Mariano e Georginho são jovens, 27, 26 e 29 respectivamente. São craques e por isso fazem parte da Seleção Brasileira. Com a ajuda providencial do armador argentino Scala e o excelente Jhonatan, e a chegada do Americano Michael Smith, o Sesi Franca se tornou o bicho-papão atual do basquete nacional. E pode vir mais por aí. O Franca defende seu título no NBB e vem com força para a BCLA.
Quem espera frear as conquistas do Sesi Franca é o Flamengo. O time do técnico Gustavo de Conti tem sofrido muito com a inconsistência na temporada. Não é surpreendente essa inconsistência. Conforme já comentamos aqui neste espaço, o time de basquete do Flamengo foi remontado quase do zero da temporada passada para a atual. Junte-se a isso, a saída do armador Yago causou um estrago na montagem do elenco. Dito isso, o Super 8 trouxe esperança para o restante da temporada. Em casa, o Flamengo sofreu para vencer os seus dois jogos até a final. A primeira partida contra o Paulistano já deu um começo de esperança para a torcida. Isso porque Pepe Vildoza, com 26, foi fundamental na vitória de 71 a 65. Na partida seguinte, uma vitória no sufoco sobre o São Paulo de Marquinhos e Cordero Bennett, pelo placar de 74 a 70, Vildoza teve ajuda providencial de Gui Deotado, 20 pontos, e Martin Cuello, 17 pontos.
Os torcedores que acompanham o time do basquete do Flamengo estavam bem apreensivos pela final contra o Sesi Franca no ginásio do adversário, depois destas duas apresentações e pela performance rubro-negra no jogo 4 das últimas finais do NBB. Porém, o Flamengo foi competitivo, e se o time tivesse um pouco mais de entrosamento, e alguns jogadores como Luke Martinez e Olivinha estivem bem na partida, o resultado poderia ser outro.
Ou seja, o Flamengo, se conseguir juntar os seus 3 grupos, o trio Argentino de Vildoza, Aguirre e Cuello, o trio Fischer/Deotado/Jau e os veteranos Mineiro/Olivinha/Hetts, o time da Gávea pode almejar melhores resultados para o restante da temporada. O Flamengo sabe que o Franca é o time a ser batido, e a partida de sábado mostrou que o monstro tem seus pontos fracos.
Uma conclusão já é definitiva: Vildoza precisa de mais tempo em quadra e, se possível, não se lesionar. O Argentino tem as ferramentas para ser o jogador-chave deste elenco que carece deste jogador desde a saída de Yago.
Para fechar o Super 8, em um NBB com poucas surpresas, fez muito bem ao Corinthians e ao campeonato a vitória dos paulistas sobre o 123Minas, por 105 a 90. O Alvinegro bateu o favorito 123Minas com uma atuação antológica do ala americano Thomas, com seus 31 pontos. O time de Léo Figueró, ex-Bauru e ex-Botafogo, pode ter encontrado a fagulha, aquele fator motivacional extra, para o restante da temporada. Olho no Timão.