ESPORTES

Brasil joga mal, empata com a Jamaica e cai na primeira fase da Copa do Mundo feminina

Seleção volta a ser eliminada no início da competição, após 25 anos

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 02/08/2023 às 09:18

Alterado em 02/08/2023 às 09:50

Marta foi titular na partida Thais Magalhães/CBF

Acabou a Copa do Mundo Feminina para o Brasil. Com dificuldades na construção de jogadas, a Seleção fez seu pior jogo no torneio e se despediu ainda na fase de grupos, o que não acontecia desde 1995, com um empate sem gols com a Jamaica, em Melbourne, na Austrália. Também foi a primeira vez que a seleção brasileira não conseguiu vencer o adversário. Antes, eram dois jogos e duas vitórias.

A Jamaica avançou para as oitavas de final na segunda colocação, com cinco pontos, um a menos do que a França, que goleou o Panamá por 6 a 3. As seleções só vão conhecer suas adversárias nesta quinta-feira (2), quando será encerrado o grupo H. Colômbia lidera, com seis pontos, e encara Marrocos, que tem três. Já a vice-líder Alemanha, que também tem três, pega a Coreia do Sul, que perdeu as duas partidas.

Desempenho de Brasil em Copas

2019 - Oitavas
2015 - Oitavas
2011 - Quartas
2007 - Vice-campeã
2003 - Quartas
1999 - 3º lugar
1995 - 1ª fase
1991 - 1ª fase

Primeiro tempo

O Brasil começou em cima, pressionando, mas o relógio jogava contra. Era visível a feição de nervosismo das jogadoras a cada volta que o ponteiro dava. Na base do desespero, mesmo com muito tempo ainda de jogo, a equipe já começava a forçar as bolas aéreas, o que não parecia ser a melhor estratégia. A sueca Pia Sundhage optou por entrar com duas baixinhas no ataque, Debinha e Marta, e sem uma 9 de referência, já que Bia Zaneratto começou no banco. A seleção teve 68% de posse de bola, deu cinco chutes no gol, mas nenhum muito perigoso.

Segundo tempo

Pia voltou com Bia Zanerattono lugar da meia Ary Borges, mas, no geral, a treinadora foi apática. Mesmo com o time mal em campo,a sueca só voltou a mexer a 10 minutos do fim: colocou, de uma vez só, Geyse, Duda Sampaio e Andressa Alves. Mas era tarde para buscar uma reação.

Já o Brasil continuou fazendo escolhas erradas, optando por cruzamentos aleatórios, como se o segundo tempo fosse um acréscimo infinito. Numa bola pela esquerda, por exemplo, Marta recebeu com espaço para pensar na melhor jogada, mas "fechou" o olho e cruzou a bola no meio das zagueiras grandonas da Jamaica. A melhor chance foi aos 32, quando Allyson Swaby tentou afastar cruzamento e quase marcou contra.