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Mundial de Ginástica: no solo, Rebeca Andrade e Flavinha dividem pódio inédito com Simone Biles no topo

Brasil encerra participação no Mundial da Antuérpia com seis medalhas, sendo quatro de Rebeca, uma de Flavia e uma por equipes;

Por Gabriel Mansur
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Publicado em 08/10/2023 às 14:06

Alterado em 08/10/2023 às 14:11

Rebeca Andrade (2ª), Simone Biles (campeã) e Flávia Saraiva (3ª) Foto: Ricardo Bufolin/CBG

O Mundial de Ginástica Artística da Antuérpia, na Bélgica, foi encerrado neste domingo (8). O Brasil levou mais três medalhas - duas com Rebeca Andrade (prata e bronze) e uma com Flávia Saraiva (bronze) - e fechou sua participação com o recorde de seis, sendo uma de ouro (salto, com Rebeca), três de prata (individual geral e solo, com Rebeca, e por equipes) e dois bronzes (trave, com rebeca, e solo, com Flavinha).

Neste domingo, Rebeca escreveu de vez seu nome na história da ginástica. Finalista em duas provas, a brasileira abriu o último dia de competições com bronze na trave, único aparelho que restava no currículo. Com uma apresentação quase sem erros, a brasileira ficou atrás apenas da chinesa Yaqin Zhou, com a prata, e Simone Biles, com o ouro.

Na apresentação do solo, ela animou a arquibancada na arena Sportpaleis com a nova coreografia e levou mais uma prata para casa, dividindo o "pódio do sonho" com a Flavinha, que ficou em terceiro lugar. Foi a primeira vez que duas brasileiras dividiram o mesmo pódio num aparelho. Biles também venceu no solo e aumentou sua marca pessoal para 23 ouros em mundiais.

"Foi o pódio mais especial. Há uns dias me fizeram a pergunta de com que ginasta eu queria dividir um pódio. A primeira e única pessoa que passou pela minha cabeça foi ela (Flávia). É minha companheira, sempre torci muito por ela. É um prazer dividir treino e esse pódio com ela", disse Rebeca.

"É uma medalha muito importante para mim e para toda a equipe. É um sonho que está sendo realizado. Depois de tudo o que aconteceu comigo, cirurgia (no tornozelo), poder estar de volta e ganhar a medalha é indescritível, é dever cumprido, mesmo com dor e com toda batalha. É muito bom estar aqui", completou Flavinha.

O melhor Mundial da história

Seis é o maior número de medalhas que o Brasil ganhou em uma única edição de Mundial, quebrando o recorde de Liverpool, em 2022, quando havia conquistado a metade.

As cinco medalhas de Rebeca (uma de ouro, três de prata e uma de bronze) a colocam no seleto grupo de ginastas mundiais que conquistaram medalha em todos os aparelhos, na 11ª colocação. Também amplia seu recorde como maior medalhista brasileira da história dos Mundiais de Ginástica, com nove no total: três de ouro, cinco de prata e uma de bronze. Diego Hypólito, segundo maior, tem cinco.

Rebeca Andrade e Flávia Saraiva
Foto: @gymnastics

Dentro do grupo de atletas brasileiros mais medalhados da história numa mesma edição de Mundial, Rebeca conquistou o mesmo número de medalhas que César Cielo no Mundial de piscina curta, em 2014, no Catar. Ana Marcela Cunha segue sendo o maior nome feminino em número total de medalhas, com 16 em campeonatos mundiais de águas abertas. São sete de ouro, duas de prata e sete de bronze em oito edições de 2010 para cá.

Final do solo

Na final do solo, Flávia Saraiva foi a segunda a se apresentar. Com acrobacias de execução limpa e aterrissagens cravadas, ela teve um pequeno desequilíbrio na chegada da terceira passada. Nada que atrapalhasse sua exibição geral. A apresentação refletiu na grande nota, com 13,966 pontos, deixando para trás o mal desempenho na final do individual. Flavinha chegou a liderar a prova, mas terminou com o bronze.

Das principais concorrentes, Simone Biles foi a próxima. A rainha assumiu a liderança com 14,633 pontos, a mesma nota da classificatória, quando foi líder e garantiu o hexa no solo.

Rebeca Andrade, embalada por Beyoncé e Anitta, também foi praticamente perfeita, ficando na segunda posição, com 14,500 pontos. A brasileira foi muito ovacionada pelos fãs na arquibancada, com muitos brasileiros presentes.

 

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