Mesclagem Rubro-Negra
Na segunda entrevista da série com personalidades do basquete carioca antes do início do NBB 2024/2025, conversamos com o técnico do Flamengo, Gustavo De Conti. Um papo sobre a temporada passada, a formação do novo time e Olivinha.
Nas Quadras: Acreditamos que a história de uma temporada começa a ser escrita no fim da anterior. Em 2023/24, o Flamengo foi campeão do Super 8, foi finalista do BCLA, líder da temporada regular e voltou às finais do NBB. Uma boa temporada, especialmente se formos comparar com 2022/23. Só que estamos falando de Flamengo, e quaisquer resultados que não sejam campeonatos criam pressão e cobranças. Analisando friamente, depois de um tempo de distância, qual a sua avaliação da temporada passada do Flamengo?
Gustavo De Conti: Foi uma temporada muito boa, assim como todas as 6 que estou no Flamengo. Tirando os seis títulos estaduais e o ano de pandemia, que liderávamos o NBB, foram 15 finais em 19 possíveis, com sete títulos, tais como um Mundial, um BCLA, dois NBB, três Super 8, em seis anos. Isso demonstra a consistência do projeto do Flamengo e do nosso trabalho. Temporada passada, foram quatro finais em quatro possíveis e dois títulos.
Falando agora da temporada 2024/2025, o Flamengo reformulou a equipe e trouxe talentos estabelecidos, conhecidos no mercado nacional, como Shaq Johnson, Jhonatan Luz e Lucas Siewert, um armador jovem e talentoso em Alexey e “calouros” talentosos como Jordan Williams e Gallizzi, que estão na sua primeira participação no basquete nacional. A formação deste elenco teve uma busca por experiência para acelerar o processo de entrosamento?
A formação do elenco dessa temporada buscou mesclar tudo, talento, experiência, força física, decisão, jogadores vitoriosos etc. Montamos uma equipe bem competitiva e que vai brigar mais uma vez por todos os títulos da temporada.
O Flamengo tem hoje um trio que deu muito certo no Minas. Gui Deodato, Alexey e Shaq Johnson foram campeões do Super 8 21/22 e foram longe na BCLA daquele ano. Como é ter os três agora do como seus comandados?
É sempre muito bom ter jogadores desse nível no elenco. São jogadores decisivos, com muita capacidade, e por isso resolvemos investir neles. São versáteis, capazes de defender também, além do ótimo potencial ofensivo já conhecido.
Este ano será o primeiro sem Olivinha em quadra. Tem como quantificar o tamanho do “buraco” que vai ficar dentro e fora de quadra sem o Olivinha no plantel?
Não sei quantificar, mas a perda é imensa pra todos nós. Olivinha era um atleta que contribuía muito dentro da quadra, com pontos, rebotes, defesa, ânimo, garra, luta, determinação, além disso, era o nosso capitão, contribuindo demais no vestiário e na formação do caráter da equipe. Deixa muitas saudades, e espero que ele fique por perto da gente para sempre.