NAS QUADRAS

Ferrugem nas engrenagens

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Por PEDRO RODRIGUES
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Publicado em 15/10/2024 às 13:34

Alterado em 15/10/2024 às 13:34

Gallizzi, do Flamengo, teve 16 pontos na vitória sobre o R10 Score Vasco da Gama Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

A abertura do NBB com clássico entre Flamengo e Vasco mostrou que os dois times estão longe da melhor forma física e técnica. O baixíssimo placar de 59 a 50 mostrou isso. Ok, tem que dar aquele desconto, já que é começo de temporada, mas é bem atípico para dois times com tantas expectativas ficar tão abaixo. O Vasco converteu apenas 30% dos seus arremessos de quadra, e o Flamengo foi um pouco, bem pouquinho melhor, com 34% de sucesso.

Por incrível que pareça, o Vasco, que mexeu bem pouco na equipe (saída de Cauê e chegada de Eddy e Jamaal) nos últimos dois períodos, parecia bem menos entrosado que o Flamengo. Lembrando que o Flamengo foi todo reformulado para esta temporada. De novo.

Outros fatores que contribuíram bastante para termos um jogo não tão agradável de assistir foram (olha, que surpresa) os critérios da arbitragem. Já falamos aqui milhares de vezes, mas vamos lá. Basquete é um esporte de contato. Claro que todas as jogadas, especialmente perto do garrafão, vão ter toques em jogadores…

Todo contato era pontuado com um apito, totalizando 48 faltas. Ou seja, o jogo parou muito. Para piorar o espetáculo, tanto Vasco quanto Flamengo desperdiçaram a metade dos lances-livres. O Cruzmalitno converteu 56% (14/25) e o Rubro-Negro, apenas 52% (11/21).

Uma pena que o jogo foi tão truncado.

Todos os fatores extra-quadra ajudaram para que esse jogo fosse uma fagulha para acender as torcidas de Vasco e Flamengo para a temporada do NBB. Isso porque devido a data Fifa, não tivemos jogos de futebol dos quatro clubes de futebol do Rio. Apesar do mando ser do Vasco, o jogo foi disputado no Tijuca, ao contrário do ano passado, que foi em São Januário e tivemos ampla cobertura na TV aberta, Sportv e ESPN pelo cabo, e no Youtube.

Vamos aguardar mais um pouco para tirarmos conclusões sobre os dois times, mas neste primeiro olhar me parece que o Vasco está um pouco atrás do seu rival. A conferir.

Lucas Siewert e o pivô Argentino Gallizzi deixaram uma boa impressão para a torcida do Flamengo. Jhonatan Luz traz aquela experiência e calma de sempre e, se o Flamengo souber dar as ferramentas, Alexey Borges poderá mudar de patamar nesta temporada. Olho nele.

 

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Pecos em ação na vitória do Botafogo sobre o Mogi Foto: Suelenn Ladessa/Mogi Basquete


O outro carioca no NBB foi muito bem nas suas duas partidas. O reformulado Botafogo, do técnico Sebastián Figueredo, foi para o Vale do Paraíba, em São Paulo, e voltou com duas vitórias na mala. A estreia do Alvinegro também foi no sábado, dia 12 de outubro, contra o vice-campeão paulista, São José. O time contou com cinco cestas de 3 pontos do pivô Mathias (ex-Vasco) e venceu o time da casa por 81 a 70. Na partida de ontem, segunda-feira, 14 de outubro, o Fogão precisou da prorrogação para vencer o Mogi no ginásio Professor Hugo Ramos. Placar final de 72 a 70. O Botafogo de 23/24 lutava, tinha boas atuações e não conseguia fechar as partidas. Esse Botafogo versão 24/25, parece ter deixado essa sina para trás. Essas vitórias podem parecer que não são importantes, por serem no começo da temporada, mas para um time que luta na parte debaixo para meio de tabela, vencer essas partidas é fundamental. Ter uma “gordura” para queimar no meio da temporada é sempre uma boa.

Uma pena que essa partida não teve transmissão.

Confira os melhores momentos da estreia do Botafogo contra o São José:

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