Entrevista: Alex Oliveira – coordenador técnico CBB
A Confederação Brasileira de Basketball, CBB, anunciou na última quinta-feira (16) a sexta edição do Campeonato Brasileiro. A competição tem o início programado em 20 de março e o término para o dia 20 de junho. Serão 6 times, Osasco-SP, Basquete Santos-SP, Blumenau-SC, Brusque-SC, Joaçaba-SC e Tatuí-SP, disputando turno e returno com os dois primeiros, garantindo a ida automática para o final four. As últimas duas vagas serão disputadas em formato playoffs com as quatro agremiações restantes. O Osasco-SP luta pelo bicampeonato.
Conversamos com o coordenador técnico da CBB, Alex Oliveira, sobre a nova edição do Brasileirão. Alex compartilha detalhes sobre o planejamento do campeonato, a busca por equilíbrio técnico entre as equipes, o papel transformador da competição para os clubes e a possibilidade de participação internacional.
NAS QUADRAS: O Campeonato Brasileiro volta com tudo em 2025. Mais enxuto e com a possibilidade de um inédito bicampeonato do atual campeão Osasco. Quais são as expectativas da CBB em relação a mais essa edição?
ALEX OLIVEIRA: A sexta edição do Campeonato Brasileiro é a comprovação de um projeto consolidado no cenário nacional, a CBB sempre pensou em um campeonato para valorizar os jovens e descobrir novas equipes. Esse é o ponto alto deste projeto, e nesta edição já conseguimos atender a expectativa que é trazer equipes novas e manter equipes que já participaram de outras edições.
No regulamento diz que somente um estrangeiro pode participar e a correta obrigatoriedade de ter 2 jogadores sub-21. Como foi chegar neste equilíbrio de manter os times competitivos e fomentar a modalidade?
O diretor técnico Marcelo Sousas, desde a primeira edição (2019), tinha uma ideia de dar oportunidade aos meninos da base e diminuir o número de estrangeiros, mas, sem abandonar a importância dos estrangeiros na competição. E a receita deu certo, mantemos este formato desde a primeira edição, até hoje não teve uma equipe bicampeã, o que demonstra que 1 estrangeiro e 2 atletas sub 21 mantêm um equilíbrio técnico entre as equipes.
Desde 2019, o Campeonato Brasileiro vem agitando o mercado de jogadores, técnicos, enfim, o ecossistema do basquete nacional. Um exemplo é o projeto do União Corinthians que foi campeão brasileiro, e hoje tem um projeto sólido e competitivo. É um objetivo da confederação que tenhamos mais "cases" como o União para, aos poucos e assertivamente, consolidar projetos de basquete?
Sim, podemos citar o São José Desportivo, campeão em 2023, a equipe ficaria uma temporada sem participar de uma competição adulta e enxergou no Campeonato Brasileiro a oportunidade de manter o projeto de alto rendimento em atividade. A função da CBB é criar um campeonato democrático e ajudar a consolidar os projetos de basquete voltado para o alto rendimento.
Ao longo de 5 edições podemos dizer que já existem equipes com projetos sólidos e competitivos, podemos citar o Blumenau, atual campeão catarinense, AD Brusque, que ganhou os jogos abertos catarinenses e é a única equipe a participar das seis edições do Campeonato Brasileiro. Citamos também o Basquete Santos, tricampeão da 1ª divisão de São Paulo.
Para fechar, entendo que o assunto possa ser um pouco sensível, mas gostaria de perguntar se o campeão brasileiro deste ano irá participar de campeonatos internacionais como a SulAmericana?
A CBB é uma filiada da FIBA, sendo assim a entidade nacional do desporto, então, toda competição organizada pela CBB é remetida à FIBA, por isso não descartamos a possibilidade de alguma equipe participar das competições internacionais.