Rúgbi é finalista na briga pela volta à condição olímpica

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Rafael Gonzalez, Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - As chances da volta do rúgbi à olimpíada passaram a ser reais desde quinta-feira. O esporte, junto com o golfe, foi selecionado como finalista na tentativa de ser integrado ao programa olímpico de 2016. Para que isso se concretize, é necessário algo que o rúgbi tem de sobra em todos os sentidos: força.

Segundo esporte em conjunto mais praticado no mundo perde apenas para o futebol o rúgbi tem, só no Brasil, 124 equipes e, aproximadamente, 3.500 praticantes. Na última Copa do Mundo da modalidade, disputada em março deste ano em Dubai, equipes de cinco continentes participaram e a popularidade do esporte ficou evidente nas arquibancadas.

Por jogo, eram 40 mil espectadores. Chega a ser insano o rúgbi não ser esporte olímpico. Ele tem todas as qualidades para isso confirmou Aluisio Dutra, presidente da Associação Brasileira de Rúgbi.

Por essas razões, o otimismo tomou conta dos brasileiros.

Estamos muito confiantes. A Copa do Mundo de rúgbi é um dos quatro eventos esportivos mais assistidos no mundo. Além disso, o rúgbi traz valores compatíveis com o espírito olímpico tais como disciplina, união, solidariedade e dedicação. É também um esporte que pode ser jogado por qualquer pessoa, seja ela magrinha, gordinha, alta ou baixa explica o capitão do Brasil, Fernando Portugal.

Se a escolha se concretizar, haverá mais chances de o esporte ser impulsionado no país.

Hoje há pouquíssimo patrocínio. No Brasil, há muita diferença entre o esporte que é olímpico e o que não é. Não há dúvida que se subirmos esse degrau, as coisas melhorarão conta Aluisio Dutra.

A dificuldade está na agenda dos atletas, que arcam com a maioria das despesas.

Todos vão em frente na base da paixão, mas isso limita a capacidade da equipe admite.

A primeira participação brasileira no mundial da modalidade aconteceu este ano em Dubai. A equipe feminina, pentacampeã sul-americana, conquistou o 10º lugar. A masculina ficou a dois minutos da vaga na competição numa disputa com o Uruguai.

No rúgbi de 15 seria sonho. No de 7, mais conhecido como seven-a-side (que tenta a inclusão na olimpíada) é projeto. Já estamos direcionando nossos esforços para o desenvolvimento de novos atletas e para uma melhora na capacidade atlética dos que temos disse.

Para Fernando Portugal, tudo se encaminha para uma maior popularidade do esporte.

Pelo que conheço do povo brasileiro, ele tem tudo pra fazer uma bela parceria com o rúgbi exaltou o capitão.