Bitetti Combat põe em destaque o MMA em solo brasileiro
Hilton Mattos, JB Online
RIO DE JANEIRO - Fora do octógono, os apresentadores Angélica, Luciano Huck e André Marques; o ator Ricardo Macchi; o presidente do Vasco, Roberto Dinamite; e as feras do UFC Rodrigo Minotauro, Anderson Silva e Maurício Shogun. Nas arquibancadas e áreas vips, destaque para famílias, crianças e casais de namorados. O Maracanãzinho não recebeu sua capacidade máxima, ainda assim o público deu show de bom comportamento. Diferentemente de outras épocas, não houve um indício sequer de pancadaria. Com toda esta atmosfera a favor, dentro do ringue o Bitetti Combat foi um divisor de águas na história no MMA no Rio. Com exceção da suspeita de marmelada na vitória por decisão unânime de Paulão Filho sobre o americano Alex Shonawer, o evento deste sábado à noite certamente vai rediscutir o incentivo a este esporte em solo brasileiro. Afinal, nossos brazucas são os melhores do mundo e a história do vale-tudo não poderia ser contada sem eles.
Das dez lutas, cinco foram combates internacionais - todos vencidos pelos brasileiros. A expectativa era para ver em ação Pedro Rizzo, Paulão Filho e Ricardo Arona. Mas antes alguns duelos chamaram a atenção pela entrada em cima da hora de alguns lutadores. Fausto Black e Luís Besouro foram confirmados no card somente na sexta-feira, substituindo Leandro Batata e Eduardo Pamplona. O primeiro devido a um corte na perna, o outro por incompatibilidades contratuais. Black, pupilo de Anderson Silva, perdeu para Cassiano Tchyicio no primeiro round com uma guilhotina. Besouro foi chamado para o evento, pasmem, às 23h de sexta-feira. Portanto, oficialmente, teve o nome inscrito na luta do dia do evento. Mas quem disse que isso era obstáculo? Com um nocaute técnico no primeiro round, derrotou seu oponente.
Os pesos pesados Vitor Miranda e Fábio Maldonado fizeram uma aguardada revanche. Novamente deu Maldonado, aluno da Nogueira Team - equipe dos irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Monitouro. Especialista em boxe, disputou três rounds de franca trocação com o aluno da Nova União, cuja especialidade é o boxe tailandês. Os emergentes Milton Vieira e Luciano Azevedo fizeram um dos combates mais aguardados. Sem a grife das estrelas que já passaram pelo UFC e pelo Pride, mas de olho no ranqueamento para contratos internacionais, os dois deram um show de jiu-jítsu. Vitória por decisão dividida dos árbitros para Miltinho.
Murilo Ninja, irmão de Maurício Shogun e sucessor de Minotouro no evento, protagonizou o melhor nocaute da noite. Com menos de um minuto, derrubou Alex Stiebling com um chute e, no chão, o árbitro interrompeu a luta depois que desferiu seguidos golpes no americano.
Pedro Rizzo, Paulão e Arona venceram por decisão unânime. Na revanche com Jeff Monson, Rizzo levou a melhor novamente, embora o combate tenha deixado a desejar na trocação. Paulão não foi o Paulada que o público está acostumado a ver. Faixa preta de jiu-jítsu de Carlson Gracie, foi vaiado e deixou o octógono aos gritos de marmelada após anunciarem sua vitória. A luta principal teve a volta de Ricardo Arona, que enfrentou o derrotou Marvin Eastman. Arona dominou os três rounds, alternando boxe, quedas e um bom jogo de chão.
E ainda: Glover Texeira finalizou Leonardo Chocolate com uma guilhotina no primeiro round e Alexandre Pulga venceu Luciano Izzy por decisão unânime