Teixeira nega atrasos, se exime de responsabilidade e alfineta Blatter
Em comunicado oficial no site da CBF, o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, se defendeu das críticas de Joseph Blatter, mandatário da Fifa, que acusou o Brasil de estar bastante atrasado quanto as obras para a Copa do Mundo de 2014. Teixeira ressaltou o "trabalho integrado do poder público" brasileiro e negou qualquer possibilidade de atraso nas obras do Maracanã e do estádio que será construído em São Paulo para abrir o evento.
Entre as críticas à organização estão a indecisão quanto a abertura da competição e a demora para o início de algumas obras chave, como a do Maracanã. Ainda que a cidade de São Paulo é tida como local de início das atividades em 2014, as obras no bairro de Itaquera sequer começaram.
Teixeira rebate, lembrando que o próprio Blatter havia elogiado o trabalho dos brasileiros. Sobre a "briga" interna entre representantes dos Estados, o dirigente desmente qualquer atrito.
"Não é papel da CBF pressionar governantes, ainda mais quando não há nenhum motivo para tal. Temos contado com a participação, colaboração e interesse total dos nossos parceiros no governo", disse Teixeira, que também exaltou o papel da presidente Dilma Rousseff no processo.
Confira o comunicado na íntegra:
1) Desconheço que haja qualquer confronto entre prefeitos e governadores em qualquer uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014. Ao contrário, a FIFA testemunha há anos um trabalho integrado do poder público com o Comitê Organizador Local (COL) e a própria FIFA. O apoio integral e dedicação pessoal da presidenta Dilma Rousseff foram amplamente noticiados pela imprensa neste mês de março, principalmente no que diz respeito às principais atribuições do governo federal na preparação para a Copa do Mundo (aeroportos e mobilidade urbana nas 12 cidades). Gostaria ainda de mencionar a integração do trabalho dos ministros na figura atuante e presente do ministro do Esporte, Orlando Silva;
2) Ratifico também que, em nenhum momento foi anunciado que o Maracanã não seria entregue dentro do prazo. Numa recente reunião com o vice-governador do Estado do Rio de Janeiro, tivemos a garantia de que as obras, que nunca foram interrompidas, seguirão no prazo;
3) Com relação ao estádio de São Paulo para a Copa do Mundo, apesar de a obra ainda não ter sido iniciada, temos trabalhado de forma intensa e integrada com o Comitê Paulista e todos os segmentos envolvidos no projeto do estádio para equacionar as últimas questões técnicas. Temos a garantia por parte dos envolvidos de que o estádio também será entregue no prazo previsto;
4) Não é papel da CBF pressionar governantes, ainda mais quando não há nenhum motivo para tal. Temos contado com a participação, colaboração e interesse total dos nossos parceiros no governo e trabalhamos de forma colaborativa e integrada com todas as esferas de governo, tendo a frente a presidenta Dilma Rousseff;
5) Por fim, aproveito ainda para, mais uma vez, convidar o presidente da FIFA para vir ao Brasil e ver de perto o progresso que ele mesmo elogiou após uma reunião do conselho FIFA/COL, realizada no início deste mês, em Zurique.