Perto do adeus, Barrichello faz pior temporada na Fórmula 1
A temporada que pode ter sido a última de Rubens Barrichello na Fórmula 1 entrará para a história de uma forma negativa para o piloto. Em toda a carreira, o brasileiro jamais havia colecionado resultados tão ruins ao longo de um campeonato quanto em 2011, quando marcou apenas quatro pontos com a Williams.
Em quantidade de pontos, os anos de 1993, quando Barrichello estreava na categoria com uma Jordan 193, e de 2007, quando utilizou uma Honda RA107, seguem sendo piores, com dois e zero respectivamente.
Porém, caso o regulamento atual, que ampliou a zona de pontuação para dez pilotos, já estivesse em vigor naquela época, Barrichello teria obtido números melhores. Em 1993, com uma Jordan verde, azul e vermelha, conseguiu o quinto lugar no Grande Prêmio do Japão, o sétimo na França, o nono em Mônaco e o décimo na Inglaterra - o que totalizaria 19 unidades segundo as regras desta temporada em apenas 16 etapas disputadas.
Em 2007, a bordo de uma Honda verde, azul e preta que ficou conhecida como "carro ecológico", ele participou de 17 provas e foi o nono colocado no GP da Inglaterra e o décimo na Espanha, em Mônaco, na Itália e no Japão - seis pontos de acordo com o regulamento atual.
Neste ano, é verdade que a Williams FW33 não ajudou. Em um veículo de fraco rendimento, Barrichello só figurou na zona pontuação em duas das 19 corridas: em Mônaco e no Canadá, sempre com o nono lugar. Pelo menos conseguiu superar o companheiro de equipe, o venezuelano Pastor Maldonado, que em sua temporada de estreia na F1 pontuou somente graças ao décimo posto na Bélgica.
O brasileiro, que ainda negocia a permanência para participar de sua 20ª temporada na elite do automobilismo, completou o recém-finalizado Mundial de Pilotos na 17ª posição da classificação geral. O resultado foi superior ao de 1993 (18º)e a o de 2007 (20º).
Com a Jordan, ele venceu a disputa interna do time, batendo os muitos parceiros que teve naquele campeonato - o belga Thierry Boutsen, o irlandês Eddie Irvine e os italianos Ivan Capelli, Marco Apicella e Emanuele Naspetti. Com a Honda, ficou atrás do inglês Jenson Button, que usando o mesmo equipamento somou seis pontos - ou 18 segundo as regras atuais.