Seleção de vôlei toma virada, cai para Cuba no tie-break e vê ponta distante
A Seleção Brasileira teve sua segunda derrota na Copa do Mundo masculina de vôlei. Nesta segunda-feira, em Hamamatsu, a equipe do técnico Bernardinho não repetiu a boa atuação do triunfo sobre a Argentina e foi derrotada por Cuba no tie-break por 3 sets a 2 (parciais de 17/25, 25/22, 25/23 e 15/12). O resultado complica a situação brasileira na busca pela ponta da classificação.
A derrota no tie-break concede um ponto, que mantém o Brasil na terceira colocação. Líder com 19, a Polônia derrotou os Estados Unidos por 3 a 0 também nesta segunda, enquanto a segunda colocada Rússia, que tem 18 pontos, fez o mesmo placar sobre a Argentina.
O público era inferior ao de domingo, no triunfo sobre a Argentina, mas a torcida brasileira se fez presente. Sacando forte, a Seleção começou bem na partida, aproveitando para controlar a rede e impedir os ataques cubanos. Quando chegou a dez pontos, o Brasil já havia conseguido quatro por meio do bloqueio (seria o dobro ao fim da parcial).
A cada vez que Giba participava de uma jogada era possível escutar gritos femininos nas arquibancadas. E realmente o capitão era o destaque do início do jogo, sendo o homem de confiança de Marlon. Para facilitar o trabalho da Seleção, os cubanos abusavam dos erros e se mostravam pouco inspirados. E foi em um erro de saque adversário que o Brasil fechou o set em 25 a 17.
Cuba melhorou ser serviço para a parcial seguinte, e passou a dar mais trabalho à Seleção. O Brasil só passou a ter vantagem quando o bloqueio voltou a funcionar, e enfim a equipe sul-americana conseguiu dois pontos de diferença. Mas os cubanos reassumiram o controle do jogo, e se manteve à frente.
A Seleção só voltou a se deixar na dianteira no 20º ponto, obtido com um ace de Murilo. Os cubanos, porém, se recuperaram, e contaram com o momento ruim de Lucão para fechar o set em 25 a 22. Enquanto isso, Leon sobrava.
O Brasil voltou irreconhecível para o quarto set. Cuba chegou ao primeiro tempo técnico com cinco pontos de vantagem, o que motivou Bernardinho a tirar Marlon e Vissotto para a entrada de Bruninho e Wallace. O oposto conseguiu dois pontos logo em seus primeiros instantes em quadra, mas os cubanos seguiram melhor e sabendo trabalhar a diferença.
Mas a reação brasileira começou. Giba corre quase até a arquibancada para salvar bola espirrada e, no contra-ataque cubano, Lucão fechou para bloquear e obter o 10º ponto. Distribuindo bem o jogo, Bruninho reorganizou o time pôs Lucão na partida. A vantagem cubana foi de cinco para zero, mas os adversários conseguiram se recuperar.
Bernardinho tirou Wallace e Bruninho e o Brasil seguiu enfrentando problemas com o momento iluminado de Cuba. Errando menos, a equipe azul voltou a abrir vantagem e chegou ao match point, e, após perder o primeiro, fechou a parcial em 25 a 23 em erro de saque de Vissotto.
A Seleção voltou para o quarto set com Bruninho e Wallace de volta à equipe, que iniciou a parcial melhor que o adversário. O 12º ponto brasileiro veio em lance curioso. A jogada brasileira cairia fora da quadra, mas o líbero Gutierrez se afobou e jogou a bola de volta à partida - Wallace bloqueou para pontuar. Com vantagem de cinco pontos adquirida cedo, o Brasil teve uma parcial tranquila, fechando-o em 25 a 20.
O quinto set começou melhor para Cuba, que tinha vantagem de um ponto no primeiro tempo. O empate veio em bela diagonal de Giba, que fez o adversário criar polêmica sobre uma possível bola fora. Os cubanos, porém, voltaram a ter a dianteira e fecharam o jogo com um 15 a 12.