Vasco tenta reescrever a história na Sul-Americana
Até a temporada de 2011, eram oito anos sem títulos. Se você quiser levar em conta apenas conquistas nacionais, era preciso voltar até 2000. Por essa sede, o Vasco, campeão da Copa do Brasil e franco-atirador na última rodada do Campeonato Brasileiro, quer mais um troféu em seu ano mágico.
Por um lugar na final da Copa Sul-Americana, então, a missão aponta para o Estádio Santa Laura, em Santiago. É lá que os vascaínos pegam a Universidad do Chile pela decisão continental às 21h50 (de Brasília) desta quarta.
Mas não é só pela sede de títulos, mas sim em função da possibilidade de continuar a reescrever a história do futebol em 2011. O Vasco, nas mãos de Cristóvão Borges desde o fim de agosto, mantém a fama de equipe insuperável, o que se fortaleceu com as classificações improváveis conquistadas contra o Aurora da Bolívia (8 a 3) e Universitário do Peru (5 a 2), ambas em São Januário. O desafio da vez é mais complicado.
Em seu domínio, o Vasco ficou no empate por 1 a 1 contra a Universidad do Chile na última quarta. Depois de um primeiro tempo convincente, a equipe tentou esfriar a partida e acabou castigada por González aos 33min da etapa final. Por isso, avançar à final requer uma vitória ou placar de igualdade a partir de 2 a 2. A invencibilidade dos chilenos chegou a 30 jogos no último domingo com empate fora de casa contra o Audax Italiano.
Para manter vivo o sonho de Tríplice Coroa, Cristóvão Borges mobilizou o máximo de seu efetivo - só Felipe, com problemas musculares, foi poupado da viagem para tentar atuar contra o Flamengo, na rodada final do Brasileiro, domingo. O time deve ter: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Renato Silva e Jumar; Allan, Rômulo, Juninho Pernambucano e Fellipe Bastos (Bernardo); Diego Souza e Alecsandro (Elton). É o time que pode continuar a reescrever com vitórias o 2011 do Vasco.
"Nós temos dado uma contribuição também para o futebol. Recebemos mensagens de pessoas que torcem para outros clubes, mas têm prazer em ver o Vasco jogar", afirmou Cristóvão, no último domingo, depois da marcante vitória sobre o Fluminense. "Os jogadores sabem como é importante fazer alguma coisa assim para um clube. Temos a oportunidade de fazer história. O mais difícil não é você formar um time. É construir um grupo. A gente conseguiu".
Com 72 jogos na temporada, número superado apenas por Ceará e Santos na elite nacional, o Vasco tenta, pela amizade do grupo e pelo desejo de alegrar a recuperação de Ricardo Gomes, continuar na caça às taças. A LDU Quito, que venceu o Velez Sarsfield por duas vezes na semifinal, já está na final. A grande finalíssima, caso os vascaínos avancem, ocorreria no Engenhão. Tarefa para Dedé e os demais cruzmaltinos na noite desta quarta.