Sanchez reforça apoio a Mano e pede divisão de responsabilidade 

Por Fábio de Mello Castanho

O diretor de Seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Andrés Sanchez, disse em entrevista nesta segunda-feira em Estocolmo que a responsabilidade pela derrota na decisão da Olimpíada de Londres, no último sábado, tem de ser dividida entre todos e não recair apenas nos ombros do técnico Mano Menezes.

A prata em Londres aumentou a pressão em cima do treinador. Marin garantiu em entrevista ao Terra a permanência de Mano na Seleção, e Andrés Sanchez adotou o mesmo discurso dizendo que o trabalho serve como base para a preparação até a Copa do Mundo de 2014. O Brasil enfrenta a Suécia em amistoso na quarta-feira.

"Infelizmente até a Copa do Mundo perdeu um jogo vai continuar este questionamento. O Mano é o treinador da Seleção e vai continuar. Não é ele o culpado de tudo nem seria o salvador se ganhasse. Os atletas têm as suas responsabilidades, a diretoria também... Cada um tem que assumir a sua parte", afirmou.

Durante a tarde desta segunda-feira em Estocolmo, Sanchez conversou por aproximadamente 30 minutos com o presidente da CBF, José Maria Marin, e o vice-presidente da região Centro-Sul, Marco Polo Del Nero. "Não foi uma reunião, foi uma conversa. Vamos continuar o trabalho. O grupo está se formando e vamos deixá-lo forte para a Copa das Confederações e Copa do Mundo", disse.

Andrés Sanchez, porém, admitiu que a Seleção jogou mal contra o México. A derrota por 2 a 1 foi um reflexo do que o time de Mano Menezes, sem inspiração, fez em campo. Criou menos do que nas partidas anteriores e sempre esteve longe de uma reação.

"Fizemos um péssimo jogo na final da Olimpíada e todo mundo tem que colocar a mão na consciência para melhorar. Se tivesse que mudar alguma coisa estaríamos errados há algum tempo. Não é por causa de um jogo que vai ser mudado. É o trabalho do dia a dia", disse.

Por último, Andrés defendeu seu peso nas decisões da Seleção Brasileira. O diretor também teve a sequência confirmada por Marin. "Eu sou um diretor de Seleções, tenho a minha influência, cada um tem um peso", afirmou, antes de repetir. "Já respondi quatro vezes: o Mano é o técnico da Seleção Brasileira", afirmou.