Encontro entre capitães e arbitragem na CBF tem só quatro atletas

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A CBF convidou os capitães dos 20 clubes participantes do Campeonato Brasileiro da Série A para uma reunião técnica, no auditório da entidade, junto com árbitros e instrutores de arbitragem para debater as orientações da FIFA referentes à mão na bola.

Apenas quatro jogadores representaram a classe no encontro: Tinga (Cruzeiro), Fábio Santos (Corinthians), Índio (Inter) e Wendel (Sport).  Os dirigentes Anderson Barros (Coritiba), Michel Assef (Flamengo), Marcelo Penha (Fluminense), Wilson Gottardo (Botafogo), Edu Gaspar (Corinthians) e representantes de São Paulo e Cruzeiro também marcaram presença ao encontro.

Foram apresentados 26 vídeos pelo instrutor da Fifa, Jorge Larrionda, com lances da Copa do Mundo no Brasil, para esclarecer a polêmica que tomou conta do futebol brasileiro nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro.

"Nos últimos tempos, estou mais no Brasil do que na minha casa. Foram seminários e preparação para a Copa do Mundo. A arbitragem pertence à família futebol. A regra não mudou. O posicionamento das mãos e dos braços deve ser observados pelos árbitros. É muito fácil identificar a intenção de um jogador, se ele quer levar vantagem no lance ou trapacear. Os braços estão proibidos para os atletas, exceção para o goleiro. Eles não podem aumentar o volume do corpo. Brasil segue sendo referência de arbitragem, com muita qualidade. Quem apitou as finais da Libertadores e Mundial no ano passado?", questionou Larrionda, lembrando que Sandro Meira Ricci foi o escolhido.

No entanto, os erros brasileiros foram apontados pelo instrutor da Fifa. Ao mostrar o lance de pênalti para o Flamengo contra o Corinthians, Larrionda criticou a marcação de Sandro Meira Ricci. "O mesmo árbitro que acerta na Libertadores e no Mundial também erra", absolveu.

"Respondo pela nossa arbitragem, assino embaixo e apoio. Tivemos erros, mas vamos corrigí-los. Nosso objetivo é melhorar e aprimorar. O grande beneficiado será o torcedor. Vamos caminhar juntos", destacou o presidente da CBF, José Maria Marín.

"O presidente Marin cobra e exige muito. Ele não aceita que aconteça um erro, como foi na última rodada. Todos os esforços estão sendo feitos. Ninguém gosta de ficar sendo criticado toda segunda-feira. A regra do futebol não mudou. O que aconteceu é que o Jorge Larrionda mostrou 26 vídeos para 72 árbitros para que aumente a interpretação dos árbitros. Esta situação de bola na mão é semelhante ao recuo de bola", disse Sérgio Corrêa, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem.