Silvânia Costa volta a quebrar recorde mundial do salto em distância (T11)
Assim como já havia acontecido na primeira etapa nacional do Circuito Loterias Caixa, também em São Paulo, Silvânia Costa fechou com chave de ouro a segunda edição do evento, que se encerrou neste domingo, 17, no CT Paralímpico Brasileiro. A atleta quebrou outra vez o recorde mundial do salto em distância, classe T11 (cego total).
A marca vem em boa hora, uma vez que nesta terça-feira, 19, o CPB anunciará a convocação oficial para o Rio 2016, em evento realizado no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro.
Silvânia venceu a disputa com 5,46m - 12 centímetros a mais do que o antigo salto, que ela havia conseguido em junho, na capital paulista. Ela se isolou ainda mais na liderança do ranking mundial da prova, a pouco mais de 50 dias dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, seu principal objetivo.
"Eu estou muito feliz, pois este é um trabalho que venho fazendo com objetivos. Já bati o recorde mundial, ganhei o título sul-americano, parapan-americano e mundial. Caço sonhos e estou conseguindo realizá-los. Este resultado me dá confiança de que o trabalho está dando certo e preciso dar continuidade", disse a atleta de 29 anos.
Natação
O segundo e último dia de disputas na piscina do CT foi marcado por mais recordes brasileiros e muita expectativa dos nadadores para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Na modalidade, foi estabelecido pela comissão técnica brasileira o número de 32 vagas, sendo 19 homens e 13 mulheres.
Na prova de 100m feminino, Patricia Pereira (S4) repetiu o feito de sábado – quando quebrou o recorde brasileiro nos 50m livre - e estabeleceu mais um novo recorde nacional, com 1min46s86. Também nos 100m, Eric Gomes (S1) bateu seu quarto recorde brasileiro na competição – 4min41s65. Ele já havia quebrado recordes nos 50m e 200m livre, e 50m costas. Thomaz Matera (S12) também estabeleceu nova melhor marca do país com 57s60.
A disputa de dois grandes atletas da classe S10 foi bastante acirrada nos 100m livre masculino. O duelo pela ponta entre Andre Brasil e Phelipe Rodrigues foi até os últimos metros. Melhor para Phelipe, que chegou à frente com, 53s26. “Será uma prova legal nos Jogos Rio 2016. O Andre vem dominando esta prova desde 2008. Vai ser bem disputada [nos Jogos], não só entre eu e ele, mas também com outros atletas que vão chegar forte no Rio”, destacou Phelipe.
Halterofilismo
O domingo foi de comemoração contida para Márcia Menezes, atleta classificada para os Jogos Paralímpicos. A paranaense ficou com a medalha de ouro entre as atletas do peso pesado (unificado até 79kg e até 86kg), com 112kg na barra, e só não comemorou mais porque a tentativa para quebra de recorde brasileiro, com 118kg, não foi validada pelos árbitros.
"Fico frustrada quando tento o recorde e não quebro. Eu treino e venho aqui competir para isso. Fica a frustração, mas também vem a vontade de chegar logo na próxima competição para fazer melhor. Agora jé estou em um grau de preparação maior, o trabalho é mais intenso e a força está sobrando. Quero quebrar esse recorde nos Jogos Paralímpicos e brigar por uma medalha lá. Aqui 118kg subiu, mas cometi erro na técnica. No Rio vou para 122kg. Esses quatro quilos a mais me colocam em briga pelo pódio", analisou Márcia.
Junto com Márcia, subiram ao pódio Josilene Ferreira, com 100kg, e Elizete Araújo, com 85kg. Na divisão até 73kg, Amanda Souza (80kg), Ana Lúcia Pandolfi (54kg) e Maria Rita Oliveira (42kg) formaram o pódio. No masculino, o chileno Cristian Mora (175kg), Giliard Chud (165kg) e Sidnei Gomes (141kg) foram os premiados na divisão até 107kg. Entre os atletas com mais de 107kg, o campeão foi Christian Porteiro, com 165kg, e o medalhista de prata foi Maikon Pessoa, com 150kg.