No Brasil, as histórias do estilista queridinho de Michelle Obama
Narciso Rodriguez esteve por aqui e lançou duas fragrâncias femininas
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Conheço o trabalho de Narciso Rodrigues há anoosss. E posso garantir que o estilista cubano-americano tirou a sorte grande e continua com ela. Muitos comentam que ele é darling de Michelle Obama. Sim, ele é. Na posse de Barack Obama, em 2008, a primeira-dama usava um vestido by NR. Mas, eu vou mais lá atrás... Narciso Rodriguez esteve no ranking da revista Time, ao lado de Jennifer Lopez e Salma Hayek como uma das 25 celebrities de origem hispânica mais influentes da atualidade. “Suas criações vêm imbuídas de inconfundível senso de cor, curva e energia”, escreveu à época a editora de moda Kate Betts.
Só que o que eu quero contar para você é que Narciso é um apaixonado pelo Brasil. Ele faz a ponte aérea Nova York-Rio ou NY-SP com a maior frequência do mundo. E sempre levou a nossa bandeira e os nossos costumes para os Estados Unidos, onde mora. Ele esteve aqui há poucos dias para lançar a nova coleção de fragrâncias for her eau delicate em duas versões: narciso rodriguez for her eau de toilette delicate e for her eau de parfum delicate. Um desdobramento do famoso "for her", que ele criou há 10 anos. Lá em 2005, na França, o seu perfume ganhou o prêmio Fifi na categoria Melhor Fragrância Feminina. Fiquei feliz em saber, agora, que em 2012 a sua fragrância “for her” foi a vencedora do prêmio “FiFi” no 20º aniversário da Fundação French Fragrance como a fragrância feminina mais icônica dos últimos 20 anos. Selecionado entre uma coleção de 40 competidores, “for her” recebeu a honra em cerimônia no Salle Wagram, em Paris. O Prêmio Especial FiFi marca o último de uma série de honras a mais alta condecorada fragrância do designer, criada em 2003 por meio de uma parceria entre Narciso Rodriguez e Beauté Prestige International.
Lembro bem que, sempre falando em um português muito bacana, lá em 2003, Narciso, inclusive, elegeu o Rio de Janeiro como cidade-referência, na América do Sul, para o lançamento de “for her”. “Não sei explicar o que acontece comigo quando chego aqui. Gosto deste jeito soltinho dos cariocas. São dóceis, ardentes, sensíveis e amam viver”, nos contou naquele ano.
Querido no mundo da moda, Narciso Rodriguez sempre foi o estilista preferido por Gal Costa. Musa e amiga, a cantora diversas vezes o hospedou em sua casa, em Salvador, onde ele se deliciava com carurus, vatapás... No entanto, o que mais gostava era mergulhar de boca no beiju. As tardes e noites sempre de muiiito papo à beira da piscina. Para Narciso Rodriguez, a baiana é uma das maiores cantoras do mun-do. Outras famosa brasileira que priva de sua intimidade é a atriz Sonia Braga, que já teve mil e um modelos assinados por ele. Sem falar também em Bebel Gilberto. “Quando Bebel [Gilberto] entra em meu escritório, é uma alegria. O trabalho vai bem até Bebel chegar, que é quando tudo se transforma em festa”, me disse, certa vez, Narciso. Em 2004, ele dedicou a Marisa Monte uma coleção desfilada na semana de moda de Nova York. Outra diva da música e que ele sempre frisou ter uma personalidade forte e voz encantadora.
Narciso Rodriguez conseguiu conquistar o mundo da moda, em curto intervalo de tempo, o que poucos designers alcançaram em décadas de corte e costura. Há mais de 20 anos trabalha em meio a tesouras, agulhas e alfinetes, mas ganhou status, de fato, quando foi convidado, em 1996, por Carolyn Bessete – então relações públicas da maison Calvin Klein – para desenhar o vestido de noiva com o qual ela subiria ao altar com John Kennedy Jr.. Nome até então desconhecido no disputado mercado fashion, Narciso tornou-se o centro das atenções. Estampou páginas dos mais importantes jornais e revistas do mundo: The New York Times, Vogue, Haper’s Bazaar. Ganhou clientes hollywoodianas do naipe de Sarah Jessica Parker, Catherine Zeta-Jones, Hilary Swank e Salma Hayek. Virou uma celebridade. Quando ele esteve no Rio, em 2003, perguntei: "Que motivos teriam levado Carolyn a escolher um fashion designer tão pouco badalado internacionalmente, um homem que trabalhou no staff das grifes Donna Karan, Nino Cerruti e do próprio CK (onde, aliás, conheceu aquela que seria a futura mulher de John-John)?" Carolyn, que morreu ao lado do marido em 1999 – em acidente de avião no litoral leste norte-americano, durante voo entre Nova York e o balneário de Martha's Vineyard –, nunca comentou sobre o assunto. "Tínhamos carinho especial um pelo outro. Ela poderia ter optado pelo Calvin [Klein], que foi seu chefe, ou por outros nomes famosos. Não quis. Escolheu a mim", disse Narciso. Dá-lhe, vencedor!