Minas Trend: Unity Seven aposta no minimalismo buscando novo mercado
Eduardo Mendes, CEO da Unity Seven, conversou com a coluna antes do desfile
Sob direção criativa de Giovanni Frasson, a Unity Seven fez sua estreia na passarela do Minas Trend de forma minimalista. Ao contrário da tradição mineira que traz roupas de festa super elaboradas e com bordados riquíssimos, a grife de Eduardo Mendes optou por seguir na contramão. Embora lindíssimos, os vestidos da marca eram em tons pasteis.
“Não tem estampa e nem bordado. Fizemos apenas um trabalho manual para que as peças ficassem mais limpas e que a modelagem fosse o principal destaque. Afinal, a proposta da marca está muito relacionada ao nosso design”, explicou Eduardo Mendes, CEO da Unity Seven.
De origem mineira, ele contou que quis ampliar horizontes para outro mercado da região. Sem os bordados tradicionais da moda de Minas Gerais, Eduardo disse que visa atender um público mais minimalista.
Há apenas dois anos no mercado, parece que a proposta tem dado bons resultados. Do Ready to Go, que revela grandes novos talentos, para o Brasil, hoje a grife já está presente em 160 pontos de venda pelo país. “A gente pega um novo mercado de uma mulher mais atual e moderna que busca uma moda mais minimalista. E, pelo fato da tradição mineira ser muito rica, aqui a gente não tem quem faça algo mais limpo como a Unity Seven”, explicou Eduardo - que para a coleção Verão 2018 quis olhar para essa breve trajetória. “Por ser o nosso primeiro desfile, nós quisemos olhar muito para o interior da grife e fazer uma análise introspectiva do que fizemos nessa jornada”, acrescentou.
Essa história da Unity Seven na coleção de verão também apareceu no último e principal vestido do desfile. O ápice da apresentação da grife mineira ontem à noite foi um look todo iluminado que brilhou e acendeu na catwalk.
Como a Unity Seven começou a vender suas criações apenas pela internet, Eduardo Mendes, que trabalha com tecnologia e antes da marca era programador de sistemas, quis trazer a modernidade virtual para a passarela de estreia. “A gente buscou elementos de tecnologia para um dos looks em referência ao nosso começo, em que só vendíamos online. Então, para fechar o desfile, tivemos um vestido bordado com 800 pontos de LED que foi feito por um engenheiro elétrico”, contou.
Na beleza, assim como na coleção, o menos foi o mais importante. Para a Unity Seven, Ricardo dos Anjos fez uma maquiagem de cara limpa, apenas com destaque para o iluminador. Segundo ele, a ideia era fazer algo que fosse quase nulo. “A ideia foi ter uma beleza quase invisível. Para ser aquela ideia de ‘não fiz nada’, usamos iluminador em tons de dourado no rosto e na boca e os cabelos são ondulados bem naturais”, acrescentou.