Varejo perde 68 mil estabelecimentos no primeiro semestre do ano
Entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos, o comércio varejista brasileiro perdeu 67,9 mil pontos de venda com vínculos empregatícios nos seis primeiros meses de 2016, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) baseado em estatísticas do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS).
Esse resultado contrasta com as 27,8 mil lojas fechadas no mesmo período de 2015; no entanto, é menos negativo do que os 73,1 mil estabelecimentos que baixaram definitivamente as portas na segunda metade do ano passado.
Ainda longe de vislumbrar uma saída para uma crise sem precedentes na sua história recente, o varejo tem acumulado uma sequência inédita de retrações no volume de vendas nos últimos meses. Mais precisamente, desde outubro de 2014 o volume de vendas do varejo ampliado registra variações negativas em relação ao mesmo mês do ano anterior, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE.
A maior queda de atividade do varejo em pelo menos 15 anos levou o setor a registrar o fechamento líquido de mais de 100 mil lojas com vínculo empregatício no ano passado - resultado que correspondeu a uma retração de 13,5% no número de estabelecimentos comerciais que empregavam ao menos um funcionário. Mesmo diante de uma queda de 1,6% nas vendas em 2014, ainda naquele ano, o setor havia contabilizado a abertura líquida de duas mil lojas.
De acordo com dados mais recentes da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, de janeiro a maio de 2016, o varejo registrou queda 7,3% no volume de vendas do varejo no conceito restrito – o pior resultado desde o início da pesquisa há 15 anos, superando, inclusive, a queda de 3,7% registrada em 2003. No conceito ampliado, que incorpora os resultados do comércio automotivo e de materiais de construção, a queda foi de 9,5% no mesmo período, superando sua primeira retração para esse período verificada em 2015 (-7,0%).
Acesse aqui o estudo na íntegra.