Justiça argentina rejeita denúncia contra Cristina Kirchner
A justiça argentina rejeitou nesta sexta-feira, por falta de provas, a denúncia contra a ex-presidente Cristina Kirchner no caso de lavagem de dinheiro durante seu governo, informou uma fonte judicial.
O juiz federal Sebastián Casanello avaliou que não existem provas suficientes para julgar Kirchner no caso, que envolve cerca de 20 pessoas, entre ex-funcionários e empresários.
"A atribuição de responsabilidade penal como consequência de um processo que respeita a Constituição e as leis se baseia na evidência", destacou o juiz em sua decisão.
De qualquer maneira, o juiz destacou que "deve prosseguir a investigação para determinar a concreta participação de Cristina Fernández (de Kirchner) na formação da estrutura cujo grosso será levado a julgamento".
Entre os que serão julgados estão o empresário da construção Lázaro Báez, ligado à Kirchner e beneficiário de contratos de obras públicas durante os governos kirchneristas.
Durante a fase de instrução, a justiça apreendeu dinheiro, carros de luxo, joias e outros bens avaliados em 3 bilhões de pesos (80 milhões de dólares).
A empresa de Báez venceu ao menos 50 concorrências para obras públicas durante os governos de Néstor e Cristina Kirchner, a maioria para obras de estradas na província de Santa Cruz (sul).
Carlos Beraldi, defensor da ex-presidente, declarou que "o juiz não encontrou qualquer elemento para estabelecer a responsabilidade" de Cristina Kirchner.
"Queriam de qualquer maneira vincular Kirchner nesta investigação".
Cristina Kirchner também é investigada pelo escândalo conhecido como "os cadernos da corrupção", envolvendo subornos pagos a funcionários por grandes empresas construtoras.
sa/lr