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Portugal decreta 'toque de recolher' todos os dias, às 13h

Covid-19 tem avançado com força na terrinha

Por Jornal do Brasil
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Publicado em 09/01/2021 às 08:48

Alterado em 09/01/2021 às 08:48

253 municípios portugueses estão em risco elevado Foto: José Sena Goulão/Lusa

Restrição à circulação de pessoas em Portugal é obrigatória e a partir deste fim de semana, e se estende por todo o país. Inicialmente, até segunda-feira, podendo ser renovada. Cidadãos devem permanecer dentro de casa, apenas serviços essenciais funcionarão. 

No âmbito da prorrogação do estado de emergência até 15 de janeiro, o Governo atualizou a lista das cidades que correm mais risco, e decidiu endurecer as medidas para este fim de semana, estendendo aos municípios mais vulneráveis (91% deles) o 'toque de recolher' obrigatório no sábado e domingo, a partir das 13h e até às 5h do dia seguinte, medida que têm sido aplicadas em territórios em risco extremo de contágio.

Dos 278 municípios do território continental, 253 estão em risco elevado, muito elevado ou extremo, todos com mais de 240 casos da covid-19 por 100 mil habitantes, excluindo assim apenas 25 cidades das restrições durante este fim de semana.

Segundo o decreto do Governo que regulamenta o novo estado de emergência, o recolher obrigatório prevê um conjunto de deslocações autorizadas, em que se incluem trabalho, obtenção de cuidados de saúde, ir a supermercados, assistência de pessoas vulneráveis, exercício da liberdade de imprensa e caminhadas de curta duração.

Quanto ao funcionamento do comércio nas cidades sujeitas às restrições obrigatórias, só pode funcionar entre às 8h e às 13:00, destacando-se como exceções as lojas com dimensão igual ou inferior a 200 metros quadrados com porta para a rua, os restaurantes com entregas em domicílios e postos de combustíveis.

Portugal tem 56 municípios em risco extremo (mais de 960 casos por 100 mil habitantes), 132 em risco muito elevado (entre 480 e 960), 65 em risco elevado (entre 240 e 480) e 25 em risco moderado (menos de 240).

Na quarta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, justificou a renovação do estado de emergência, dizendo que "escassos são ainda os dados que possam ser relacionados com o período decorrido entre 23 e 27 de dezembro, ou seja, o período de alívio de medidas pelo Natal, bem como do período seguinte, de Ano Novo, embora os números mais recentes sejam muito preocupantes, demonstrando a imperiosidade das medidas de emergência". (com agência Lusa)