Ministro das finanças do Reino Unido pressiona por flexibilização das regras de viagens

O ministro das Finanças da Grã-Bretanha, Rishi Sunak, pressionou por uma flexibilização das restrições de viagens para oferecer descanso ao setor de turismo em meio a preocupações de que o país não esteja colhendo os benefícios de seu programa de vacinação, informou o "Sunday Times".

Sunak havia escrito ao primeiro-ministro Boris Johnson alertando sobre o impacto que os rígidos controles de fronteira da Grã-Bretanha estavam tendo antes de uma reunião de ministros na quinta-feira (29) para considerar as mudanças, disse o jornal, citando uma fonte familiarizada com a carta.

O Tesouro não quis comentar.

A Inglaterra suspendeu no mês passado a exigência de quarentena para britânicos totalmente vacinados que retornavam de países de risco médio. Visitantes da UE e dos Estados Unidos com o mesmo status também estarão isentos nessa segunda-feira (2).

No entanto, os viajantes ainda precisam fazer testes caros antes da partida e logo após a chegada.

Separadamente, os chefes das maiores companhias aéreas e agências de viagens da Grã-Bretanha instaram o ministro dos Transportes, Grant Shapps, a adicionar mais países à "lista verde" com menos restrições.

Eles disseram que o status verde deve se tornar cada vez mais um padrão, visto que quase 90% dos adultos britânicos receberam uma vacina e mais de 70% as duas, e as restrições domésticas diminuíram.

"Com base nisso, não há razão para, e é essencial, que grande parte da Europa, incluindo os principais mercados de volume, os EUA, o Caribe e outros mercados importantes, não possa se tornar verde na próxima semana a tempo para o restante do pico do verão", chefes da Virgin Atlantic, easyJet, British Airways, Jet2.com, Loganair, Ryanair e TUI UK & Ireland disseram em uma carta compartilhada com a mídia.

Eles disseram que a necessidade contínua de testes caros da covid-19 teria um grande impacto na aviação.

"Não vimos nenhuma evidência de que este regime seja necessário para viajantes totalmente vacinados ou de países verdes, ou que testes rápidos eficazes e mais baratos não possam ser usados em destinos de alto risco", disseram eles.(com agência Reuters)