Anthony Fauci deixará cargo de assessor de saúde de Biden
Infectologista foi principal nome na luta contra Covid nos EUA
O infectologista Anthony Fauci, principal conselheiro do governo dos Estados Unidos para o combate à pandemia de Covid-19, anunciou nesta segunda-feira (22) que deixará de ser assessor de saúde da Casa Branca em dezembro.
O médico informou também que não será mais o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA (NIAID), cargo que ocupa há 38 anos.
"Após mais de 50 anos de serviço ao governo, estou planejando a próxima fase da minha carreira enquanto ainda tenho muita energia e paixão em meu campo de atuação", disse Fauci.
Funcionário do governo americano há 50 anos, Fauci foi conselheiro de saúde de sete presidentes e é conhecido como um dos principais especialistas em infectologia do país.
No início da emergência sanitária provocada pela Covid-19, o infectologista se tornou o "rosto" científico do comitê criado pelo ex-presidente Donald Trump para lidar com a crise e acabou ficando mais famoso por conta das constantes críticas do republicano às regras sanitárias mais restritivas defendidas pelo especialista.
Na ocasião, Trump negou os apelos do médico para uma reabertura econômica mais lenta, além de ignorar a exigência do uso de máscara e outras medidas de proteção anti-Covid.
Após o anúncio, o atual presidente dos EUA, Joe Biden, agradeceu publicamente o infectologista por seu "serviço público" e seu "compromisso resoluto com o trabalho" que realiza com "espírito inigualável, com energia e integridade científica, graças à qual muitas vidas nos EUA e no mundo foram salvas".
O democrata ainda lembrou que em sua longa carreira "ajudou" os Estados Unidos "a navegar pelas crises de saúde da AIDS à Covid-19". "Ao deixar seu cargo no governo dos EUA, sei que o povo americano e o mundo inteiro continuarão se beneficiando da experiência do Dr. Fauci em tudo o que fizer no futuro", escreveu Biden em nota.
"Se você o conhece pessoalmente ou não, ele tocou a vida de todos os americanos com seu trabalho", concluiu o líder americano, enfatizando que "os Estados Unidos são mais fortes, mais resistentes e mais saudáveis graças a ele". (com agência Ansa)