Mais um escândalo no futebol Sul-Americano: ex-presidente do Olimpia e seu filho vão à falência na Colômbia

Lavagem de dinheiro, dívidas com agiotas e sonegação fiscal podem condenar Eduardo Delmas e Norman à prisão

Por JORNAL DO BRASIL

Norman Delmas

Tudo começou com a fracassada passagem do empresário Eduardo Delmas pela presidência do Olimpia, o clube mais popular do Paraguai. Com sonhos de se tornar presidente do país vizinho, Delmas se endividou e, desde então, toda sua vida empresarial fracassou. Sua atividade principal era no ramo de extração de pedras no Paraguai, além de jogos de azar (cassinos e bingos) em Bogotá, Barranquilla e Cartagena, na Colômbia. Com pesadas dívidas acumuladas, aliadas a um padrão de vida de milionário, Eduardo teve de vender o cassino de Bogotá para pagar seu principal credor, Gonzales Daes, o maior agiota paraguaio.

Em seguida, sem recursos para pagar os prêmios dos bingos, Eduardo, representado na Colômbia por seu filho Norman, teve falência decretada, passando as empresas para nomes de “laranjas”.

Mas fontes na Colômbia disseram ao JB que as autoridades fiscais do país já estão preparando ações contra Eduardo e Norman, cujo objetivo é condena-los por sonegação e fraude fiscal, o que poderá leva-los a penas de mais de 10 anos de prisão, segundo as leis colombianas.

 

 

Eduardo, em todos os seus negócios na Colômbia, sempre teve o filho Norman como representante e braço-direito. Considerado um dos maiores playboys da América do Sul, Norman, que no Rio de Janeiro reside em apartamento alugado por R$ 30 mil, e só circula em carros de luxo com placas do Paraguai, está com prisão decretada naquele país. Motivo: falta de pagamento de pensão para suas duas filhas que moram em Assunção.

Mais recentemente, um funcionário colombiano de Eduardo e Norman foi preso no aeroporto, pela polícia paraguaia, com cerca de 100 mil dólares em espécie.

Norman tem um filho tetraplégico e com graves sequelas psicomotoras, consequência de um AVC quando nasceu prematuro. A família do avô materno da criança fez um fundo de 500 mil dólares para custear o tratamento de saúde do menino, hoje com 9 anos. Precisando pagar dívidas com agiotas, Norman sacou todo o dinheiro do fundo e nunca mais apareceu. Mais grave ainda: nunca deu, em todos estes anos, um só centavo para sustento do garoto.

Mas o ex-presidente do Olimpia precisava ainda de mais recursos para sanar dívidas. Desmoralizado no Paraguai, Eduardo forçou o filho a conseguir mais recursos para pagar ao agiota Gonzales Daes. Foi então que Norman deu mais um golpe: vendeu, sem comunicar à mulher, o apartamento de moradia dela na Colômbia.

Albert Antabi, genro de Eduardo Delmas, abriu um banco no Paraguai e colocou o cunhado Norman como sócio. Mas em seguida teve de comprar a parte dos Delmas para, também, pagar dívidas do sogro.

Norman, sem recursos e sem crédito no Paraguai e na Colômbia, trabalha como representante de vendas na companhia Tower Tree, na Colômbia. O presidente da empresa, Alejandro Ochoa, recebeu notificação da justiça colombiana mandando bloquear cerca de 200 mil dólares para pagamento de pensão alimentícia dos três filhos do “playboy”. Na mesma ordem judicial, Norman fica proibido de sair da Colômbia, até pagar a dívida.

É assim a vida de muitos dirigentes do futebol Sul-Americano: golpes para vencer e sempre ganhar. De forma ilícita.

 

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NRMAN DELMAS / VARA DE FAMÍLIA 1

 

NORMAN DELMAS / VARA DE FAMÍLIA 2