MUNDO
Xi e Biden conversam 'francamente' em reunião de 3 horas
Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 14/11/2022 às 12:55
Os presidentes da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniram nesta segunda-feira (14) em Bali, na Indonésia, antes do início da cúpula de líderes do G20 e conversaram "francamente", de acordo com a Casa Branca.
Esse foi o primeiro encontro presencial entre os dois mandatários desde o início do governo Biden, em 2021, e durou pouco mais de três horas, girando em torno de temas como a guerra na Ucrânia e as ameaças de Pequim a Taiwan.
"O presidente Biden explicou que os Estados Unidos continuarão competindo vigorosamente com a China", diz um comunicado divulgado pela Casa Branca após a reunião. O líder americano, contudo, ressaltou que essa disputa "não pode se transformar em conflito".
"Estados Unidos e China devem gerir essa competição de forma responsável e manter linhas de comunicação abertas", acrescenta a nota. Biden ainda apontou que as duas potências devem "trabalhar juntas" em desafios internacionais, como a crise climática e a segurança alimentar global, mas "levantou preocupações sobre as práticas da China em Xinjiang, no Tibete e em Hong Kong".
"Sobre Taiwan, ele expôs que nossa política de China Única não mudou e que os Estados Unidos se opõem a quaisquer mudanças unilaterais no status quo por qualquer um dos lados", ressalta o comunicado.
Biden citou "ações coercitivas e cada vez mais agressivas" de Pequim contra Taipei, que "minam a paz e a estabilidade" na região. Além disso, os dois presentes reiteraram sua "oposição ao uso ou à ameaça de uso de armas nucleares na Ucrânia.
Xi, por sua vez, destacou que a questão de Taiwan "está no centro dos interesses fundamentais da China" e constitui o "fundamento político das relações com os EUA". "É uma primeira linha que não deve ser cruzada", disse o presidente chinês, segundo nota da diplomacia de Pequim.
O mandatário ainda afirmou a Biden que "a paz e a independência de Taiwan são inconciliáveis como água e fogo". "É aspiração comum do povo chinês fazer a reunificação", declarou. (com agência Ansa)