Pequim restringe compra de imóveis a estrangeiros
Agência EFE
PEQUIM - Os estrangeiros só poderão adquirir uma casa em Pequim para ser usado como habitação, e não poderão vendê-la ou alugá-la, segundo uma normativa destinada a talhar o investimento imobiliário, de acordo com a edição deste domingo do portal 'Chinanews'.
Além disso, a partir de agora os compradores estrangeiros deverão demonstrar que estão há mais de um ano vivendo na capital chinesa por motivos de trabalho ou estudo antes de obter permissão para comprar um imóvel.
Todos que quiserem comprar um apartamento com fins "não pessoais" terão que estabelecer primeiro uma empresa e contar com a aprovação das autoridades, segundo a agência estatal "Xinhua".
A medida chega depois de seis ministérios encabeçados pelo de Construção proporem, em julho, um plano para restringir o acesso dos estrangeiros ao setor imobiliário.
O descontrolado investimento no setor e o constante encarecimento dos imóveis se transformaram em uma dor de cabeça para o Governo chinês, e o banco central advertiu que poderia desembocar em uma alta da inflação, uma crise financeira e até mesmo ameaçar a estabilidade social.
Além das limitações aos estrangeiros, no dia 1º de fevereiro entrou em vigor uma nova taxa na qual o setor imobiliário deverá pagar entre 30% e 60% de seu lucro ao Estado.
A nova norma de Pequim afeta também os cidadãos das regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau, assim como os chineses que vivem no exterior.
Segundo dados publicados pela imprensa estatal, o capital estrangeiro representa 7% do total investido na compra de propriedades em Pequim, e a maioria dos investimentos do exterior foi destinada a hotéis de luxo e edifícios de escritórios.
Apesar das limitações, os analistas imobiliários consideram que os investidores estrangeiros vão continuar apostando no setor imobiliário chinês este ano, segundo o jornal "South China Morning Post".