Paris ameniza declarações de dirigentes sobre retirada do Iraque
Agência EFE
PARIS - O Ministério de Exteriores da França amenizou nesta quarta-feira as declarações de dirigentes franceses que diziam que as tropas estrangeiras devem sair do Iraque no próximo ano e assinalou que se trata de uma data 'ilustrativa' destinada a impulsionar a 'reflexão'.
Em uma entrevista ao 'Financial Times', o primeiro-ministro, Dominique de Villepin, afirma que 'caso não se diga que em um ano não haverá mais tropas americanas ou britânicas no Iraque', a única coisa que será encontrada no país é 'mais mortos e crise'.
O titular de Exteriores, Philippe Douste-Blazy, insistiu na rede de televisão 'I Telé' em que 'a única solução' é que 'no horizonte de 2008 haja uma retirada das tropas estrangeiras'.
Perguntado sobre por que França pede esta retirada para 2008, enquanto anteriormente evitava fixar uma data, o porta-voz de Exteriores disse hoje que 'a data de 2008 foi posta a título ilustrativo', a fim de fazer avançar a reflexão' sobre a perspectiva de um horizonte de retirada.
Villepin e Douste-Blazy lembraram que, de acordo com França, é "importante que haja um horizonte' para a retirada das tropas estrangeiras do Iraque, explicou o porta-voz.
Lembrou que o mandato das forças da coalizão é examinado a cada ano pelo Conselho de Segurança da ONU 'em função das demandas das autoridades iraquianas'.
O mandato foi renovado no final de 2006 e, portanto, deveria voltar a ser discutido no Conselho no final de 2007, assinalou.
A França defendeu na ONU em 2003 a oposição à intervenção militar dos EUA no Iraque.