EUA não querem isolar Venezuela, diz Burns
REUTERS
WASHINGTON - O governo norte-americano negou na terça-feira que a iniciativa dos EUA de se envolver mais neste ano na América Latina seja uma tentativa de isolar o venezuelano Hugo Chávez.
O presidente George W. Bush anunciou na semana passada que em março virá a Brasil, Colômbia, Guatemala, México e Uruguai para discutir assuntos como energia, tráfico de drogas e migração ilegal, entre outros.
Na segunda-feira, o governo venezuelano qualificou a iniciativa como uma tentativa de dividir a América Latina.
Depois de viajar ao Brasil e à Argentina na semana passada, o subsecretário de Assuntos Políticos dos EUA, Nicholas Burns, e o principal diplomata do Departamento de Estado para a região, Thomas Shannon, disseram que sua postura frente à Venezuela continua sendo de diálogo.
- Não estamos tentando isolar a Venezuela - disse Burns a jornalistas. - Temos um embaixador lá que é um dos nossos mais importantes embaixadores em qualquer lugar do mundo, em Caracas, mas eles (governo Chávez) não se relacionam muito com ele. Essa é a sua escolha, mas há consequências para isso, e a Venezuela é um país que está isolando a si mesmo - acrescentou.
Shannon afirmou que os EUA continuarão tentando manter relações diplomáticas com a Venezuela, mas afirmou que uma maior cooperação exige também disposição de ambas as partes.
- O que nos disseram em Buenos Aires é que só se dança tango a dois.