Mafiosos acusados de assassinatos são detidos em Nápoles
Agência JB
NÁPOLES - A Polícia de Nápoles (sul da Itália), deteve, nesta segunda-feira, 55 membros da máfia napolitana, a Camorra, acusados de cometer 18 homicídios entre 2003 e 2007, confirmaram fontes policiais.
As detenções aconteceram ao mesmo tempo em que um homem de 37 anos foi assassinado, em um atentado do grupo mafioso, nos arredores da cidade.
Os detidos são acusados de homicídio, tentativa de homicídio, extorsão, tráfico de entorpecentes e porte ilegal de armas.
A investigação se baseou nos conflitos entre os clãs mafiosos de Ascione-Montella e Iacomino-Birra pelo controle do tráfico de drogas na cidade de Ercolano, nos arredores de Nápoles.
Mario Ascione e Ciro Montella, líderes do primeiro grupo, morreram em março de 2003, durante os enfrentamentos.
Na investigação, denominada "Reset", foram identificados os chefes e integrantes dos dois grupos mafiosos. Além disso, as atividades criminosas de cada um dos membros dos dois clãs foram investigadas.
Descobriu-se também que os grupos rivais estabeleceram alianças com outros clãs da região da Campânia para o tráfico de drogas.
Entre os bens confiscados pelos investigadores, está uma emissora de rádio de Ercolano, que era utilizada pelos membros do clã Iacomino-Birra para se comunicar com os detidos na prisão de Poggioreale, convocar os integrantes e dar indicações da organização por mensagens codificadas.
Também foram confiscados 16 apartamentos, três terrenos e três lojas, entre outros bens, procedentes da lavagem de dinheiro.
Um novo assassinato no bairro napolitano de San Giovanni foi registrado esta madrugada, quando dois homens de moto dispararam à queima-roupa contra Federico Sorgente, que dirigia seu carro.
Com Sorgente, já chega a mais de 50 o número de mortos em conflitos entre clãs da Camorra em Nápoles neste ano.