Irã rejeita novas ameaças relativas a programa nuclear
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TERÃA - O Irã não se importa com a possibilidade de a Organização das Nações Unidas (ONU) impor novas sanções contra o país devido ao programa nuclear dele, afirmou nesta quarta-feira o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.
Ahmadinejad expressou a contrariedade do Irã em desafio às potências mundiais, que estudam como concretizar as ameaças de impor novas sanções ao país devido ao programa nuclear que o Ocidente teme servir ao desenvolvimento de bombas atômicas.
- A nação iraniana não dá valor nenhum às suas resoluções - afirmou Ahmadinejad em um discurso transmitido pela TV do país na cidade de Semnan (a leste de Teerã).
O Conselho de Segurança da ONU já aprovou duas rodadas de sanções contra o Irã, que garante que o programa nuclear visa apenas a produção de eletricidade.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) acredita que o país poderia colocar em funcionamento, até dezembro, 8.000 centrífugas para enriquecer urânio, aumentando de forma significativa a possibilidade de que venha a fabricar bombas, disseram diplomatas.
O Irã caminha para ter 3.000 centrífugas conectadas em julho, disseram inspetores da AIEA a diplomatas.
Essa malha de centrífugas conseguiria, dentro de um ano, produzir material suficiente para a fabricação de uma bomba caso o país não encontre dificuldades e deseje fazê-lo.
Segundo diplomatas, o chefe da AIEA, Mohamed ElBaradei, informou os EUA e a União Européia (UE) sobre o fato de o Irã ter a meta colocar em funcionamento 8.000 centrífugas.
Apesar da informação, alguns especialistas manifestaram dúvidas sobre a capacidade da AIEA de determinar com precisão os avanços realizados pelo Irã nessa área.
Nesta quarta-feira, Ahmadinejad prometeu que o país ignorará qualquer nova ação punitiva da ONU.
- Nós estamos no estágio final (do programa). E se elas (as potências mundiais) desejarem continuar no caminho errado, basta que dêem mais um passo. O próximo passo, se Deus quiser, não terá nenhum impacto (sobre o Irã) - afirmou, sem dar mais detalhes.
Os EUA, que lideram os esforços para isolar o Irã, disseram que desejam solucionar o conflito por meio dos canais diplomáticos, mas não descartaram a possibilidade de apelar para ao poderio militar caso fracassem aqueles esforços.