Suspeito de explosão em Nairóbi se entrega à Polícia no Quênia

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Agência EFE

NAIRÓBI - Um homem de origem somali que era procurado pela Polícia queniana por suspeita de envolvimento na explosão de segunda-feira passada que deixou um morto e 37 feridos no centro de Nairóbi se entregou voluntariamente, informou hoje a imprensa local.

Farah Ahmed Hirsi, de 38 anos, se apresentou ontem à delegacia depois que a Polícia divulgou sua foto na imprensa e na televisão queniana, mas negou qualquer responsabilidade na explosão, segundo o jornal 'Daily Nation'.

- Nego categoricamente qualquer envolvimento na explosão de segunda-feira passada, disse Hirsi por meio de seu advogado, de acordo com o jornal.

A Polícia considera que Hirsi, queniano de origem somali e proprietário de um pequeno comércio na capital, pode ter informação que contribua para esclarecer o incidente. O atentado ocorreu em plena hora do rush na avenida Moi, uma das principais artérias da cidade, cruzada a essa hora por centenas de pessoas.

Até agora, a Polícia prendeu e interrogou três pessoas de origem somali que vários testemunhas disseram que tinham descido de um táxi momentos antes da explosão.

A Polícia ainda não confirmou se a explosão foi resultado de um atentado suicida. A possibilidade foi imediatamente ventilada na imprensa local. O Quênia sofreu duas vezes ataques terroristas atribuídos à organização Al Qaeda.

Atualmente, a instabilidade na vizinha Somália, onde tropas etíopes enfrentam diariamente militantes da União das Cortes Islâmicas em apoio ao Governo de transição, faz temer que haja novos atentados terroristas no Quênia.

O ministro de Segurança Interna, John Michuki, negou que a explosão esteja relacionada com o terrorismo e a descreveu como 'um incidente isolado cometido por um criminoso que não tem relação com organizações terroristas'.