Faltam candidatos na eleição para presidente da Albânia

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Agência EFE

ALBNIA - A eleição do novo presidente da Albânia na sessão parlamentar desta tarde deverá fracassar por falta de consenso entre o Partido Democrático (PD, governante) e o Partido Socialista (PS, de oposição), que até o momento não apresentaram oficialmente nenhum candidato.

Os dois partidos dividiram o poder nos últimos 16 anos de democracia. Agora, cada um quer que o futuro presidente saia de seus quadros.

Mas os dois blocos têm que chegar a um candidato de consenso, já que nenhum deles conta com os 84 votos necessários para escolher o chefe do Estado, num Parlamento com 140 cadeiras.

A Constituição prevê cinco votações. Se ao fim delas não for eleito um presidente, o Parlamento se dissolve, com a convocação de eleições antecipadas.

A eleição de um presidente representativo e de consenso é também um pedido da União Européia, que quer evitar uma crise política no país.

O primeiro-ministro Sali Berisha, líder do PD, declarou que a coalizão de direita apoiará Bamir Topi. Mas não oficializou a candidatura, temendo que ela não seja aprovada.

Topi, líder da bancada parlamentar do PD, é uma figura rejeitada firmemente pelo PS e pelos partidos menores da esquerda, que pretendem eleger um presidente socialista.

O outro candidato declarado, Fatos Nano, ex-primeiro-ministro e ex-líder histórico do PS, foi proposto pelo líder atual do partido, Edi Rama.

Após dois anos afastado da política, desde que foi derrotado nas eleições de 2005 e renunciou à liderança do partido, Nano apareceu ontem numa reunião dos socialistas. Ele tentou convencer a bancada a apoiar a sua nova e difícil aventura.

Nano e Berisha são considerados dinossauros. Seus confrontos e rivalidades já provocaram graves crises políticas no país.

Representantes de associações cívicas pedem a renovação do mandato de cinco anos do atual presidente, Alfred Moisiu, que tem mantido o equilíbrio e a imparcialidade entre os partidos.