Diana achava que telefone estava grampeado, diz secretário
Agência EFE
LONDRES - A princesa Diana demonstrou com suas ações preocupação com a possibilidade de que as ligações telefônicas que fez meses antes de morrer em Paris estivessem sendo grampeadas, disse Michael Gibbins, ex-secretário particular de Lady Di.
Ele afirmou hoje ao júri encarregado da investigação judicial sobre a morte da princesa que ele mesmo percebeu "desaprovação" por parte da família real sobre os amantes da ex-esposa do príncipe Charles da Inglaterra.
Gibbins disse que havia alertado Lady Di de que tirar férias com a família de Mohamed Al-Fayed, pai de Dodi Al-Fayed, namorado da princesa que acabou morrendo no mesmo acidente que vitimou Diana, poderia ter "conseqüências prováveis".
O ex-secretário, que trabalhou para a ex-mulher de Charles por um ano, falou do ambiente de luto e de choque que se vivenciou no Palácio de Kensington imediatamente depois do acidente em Paris, quando o Mercedes no qual Diana estava colidiu contra uma pilastra de um túnel, após ser perseguido por vários paparazzi.
Ele falou sobre as várias ligações feitas ao castelo de Balmoral, na Escócia, onde a rainha Elizabeth II passava férias, e falou de um "angustiado" Paul Burrell, ex-guarda-costas de Diana, que insistia em ir a Paris imediatamente depois da tragédia para "cuidar" da princesa.
O ex-secretário de Diana indicou ainda que tinha conversado com a princesa dois dias antes de sua morte, e que ela não havia revelado nada sobre um suposto "compromisso matrimonial" com Dodi.
Questionado sobre se a princesa se preocupava com a possibilidade de suas ligações estarem sendo ouvidas, Gibbins respondeu que, a julgar por suas ações, ficava claro que isso lhe preocupava sim, já que mudava seu número de telefone o tempo todo.
Sobre o relacionamento da princesa com outros homens, após se separar do príncipe Charles, Gibbins afirmou que ele mesmo tinha percebido "desaprovação" por parte de "alguns setores".