Marion Cottillard tem poucas chances, dizem críticos

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Agência EFE

REDAÇÃO - Marion Cottillard, que encarna ninguém menos que Edith Piaf em "Piaf - Um Hino ao Amor', de Olivier Dahan, é aparentemente a que está mais em desvantagem nesta edição do Oscar, já que protagoniza um filme que não é falado em inglês, mas em francês.

Na premiação máxima do cinema mundial, produções em língua não inglesa têm sua própria categoria, e raramente uma protagonista de um longa deste tipo é indicada ao prêmio de melhor atriz.

Em 1999, Fernanda Montenegro, por 'Central do Brasil', conseguiu essa proeza, mas não levou a estatueta para casa. Em 80 anos, só uma atriz recebeu um Oscar por sua interpretação em um filme que não era em inglês: Sophia Loren, em 'Duas Mulheres' de Vittorio de Sica (1960).

A maioria das atrizes não americanas que ganharam um Oscar atuou em um filme americano, e quase todas as 'estrangeiras' que receberam uma estatueta são britânicas (oito) ou de algum país anglófono, como o Canadá (3), a África do Sul (1) e a Austrália (1).

Fora isso, entre as atrizes 'gringas' premiadas com um Oscar há uma belga e uma sueca que estavam bem adaptadas em Hollywood - Audrey Hepburn e Ingrid Bergman -, além de duas italianas, uma francesa e uma alemã que atuavam na meca do cinema apenas esporadicamente.

No entanto, Marion Cottillard chega bem preparada à disputa deste ano, pois foi incensada em sua interpretação de Edith Piaf, que em seu país é o mito por excelência da canção francesa.

Quando 'Piaf - Um Hino ao Amor' foi lançado, o jornal 'Le Nouvel Observateur' escreveu: 'Temos que guardar nossos receios. Dahan triunfou além de tudo o que se poderia esperar (...) e a composição da atriz é deslumbrante'.

Já a revista eletrônica '4film' disse que a interpretação de Cottillard era 'real como a própria vida'.