índia II: ataques podem secar as reservas de seguradoras na Índia
M.C. Govardhana Rangan, JB Online
ÍNDIA - Os recentes atentados terroristas na Índia talvez dizimem um conjunto considerável de fundos ativados pelas companhias de seguro do país para cobrir exigências das pessoas afetadas pelos ataques, deixando vulneráveis potenciais vítimas de danos financeiros.
Pagamentos para os três hotéis de luxo destruídos nos ataques de 26 de novembro devem acabar com metade dos 12 bilhões de rúpias (US$ 241 milhões) que seguradores guardavam, protegidos por requisitos normativos, alerta Radhakrishna Chamarty, da seguradora Risk Management & Insurance Broking Services PVt. em Mumbai.
Terroristas mataram mais de 500 pessoas este ano na Índia, com ataques contra supermercados, mesquitas, ônibus e estações de trem, fazendo do ano o pior desde 1993. A crescente guerra contra extremistas estimulará mais companhias a buscarem cobertura contra o terror. Com o aumento da demanda, as seguradoras provavelmente aumentarão os preços de seus produtos.
Talvez seja melhor não deixar para amanhã Chamarty alerta. Quando um pool de empresas corre perigo de ser destruído, certamente haverá mudança de abordagem.
A carnificina do mês passado deve provocar um custo excepcional por causa do valor dos quadros e esculturas no hotel Taj Mahal Palace & Tower, de 105 anos, onde terroristas fizeram reféns, lançaram granadas e lutaram com forças especiais. Os terroristas também destruíram partes dos hotéis Oberoi e Trident, nos ataques que só foram terminar no dia 29 do mês passado.
O Taj Mahal provavelmente se aproveitará mais dos fundos do que os outros dois hotéis, já que ostentava preciosidades como quadros da artista Raja Ravi Varma do século 19 e de M.F. Hussain.
Seguradoras indianas geralmente pagam cerca de 0,22 rúpias para cada 1 mil rúpias de cobertura, segundo K.C. Mishra, diretora da Academia Nacional de Seguros, em Puna.
Esta é a primeira vez que o fundo para o terror diminuirá substancialmente aposta Raj Bora, diretora de planejamento corporativo da IFFCO Tokio General Insurance Co., em Gurgaon. Haverá um aumento considerável nos seguros de vida.
J. Hari Narayan, presidente da Insurance Regulatory & Development Authority, na província de Hiderabade, recusa-se a dizer a margem de suas reservas ou quanto foi perdido por companhias de seguros neste ano.
O regulamento indiano limita reivindicações de seguro derivadas de um só local em 7,5 milhões de rúpias para prevenir uma demanda para uma pool destruída. A estrutura atual é um resultado de reassegurados deixando de lado cobertura para o terror após os ataques de 11 de Setembro.
Temos de assegurar que a indústria tem reservas adequadas e pode levantá-las diz Sandeep Bakshi, diretor executivo da ICICI Lombard General Insurance Co., em Mumbai. Os seguros de vida desmoronaram nos últimos anos e é hora de recalibrá-los.
Seguradoras indianas vendem cobertura contra ataques terroristas como um adicional de seguro, que dá cobertura a clientes para situações como incêndios, roubos ou enchentes. Poucas companhias optaram pelo adicional porque ataques terroristas tinham como alvos lugares como estações de trem, supermercados e o Parlamento. Isto, pelo visto, está prestes a mudar, conforme as companhias forem se adaptando aos risco da escalada da violência.
Com informações da Bloomberg News