Hamas mata aliados da Al-Qaeda em combate em Gaza, 22 mortos
JB Online
GAZA - O líder de um grupo palestino islâmico dissidente, aliado à rede Al-Qaeda, está entre os 22 mortos no ataque do Hamas aos arredores de uma mesquita, afirmou o Hamas neste sábado.
Monitores locais dos direitos civis sustentam haver 28 mortos, com cerca de 100 feridos em Rafah, na fronteira com o Egito. Na pior onda de violência entre os palestinos dos últimos dois anos, seis policiais do Hamas e seis civis foram mortos.
O combate expõe amargas tensões na Faixa de Gaza, onde o Hamas impôs a sua própria marca nacionalista islâmica, enquanto também tenta se aproximar do Ocidente para acabar com o seu isolamento internacional.
Três crianças morreram, afirmaram oficiais do Hamas, que culpam o grupo Jund Ansar Allah ('Guerreiros de Deus') e o seu líder Abdel-Latif Moussa por provocar o ataque ao declarar um 'emirado,' ou um governo no sentido estrito islâmico, em um sermão na sexta-feira.
Moussa, um clérigo de meia-idade, e seu ajudante Khaled Banat, sírio de origem palestina, morreram em um ataque suicida com explosivos depois de matar um negociador, afirmaram os oficiais. O Hamas governa a região desde 2007, quando derrotou as forces apoiadas pelo presidente Mahmoud Abbas.
A polícia deteve dezenas de suspeitos de seguir Moussa, que usava o nome de guerra Abu al-Nour al-Maqdessi - ao estilo da Al-Qaeda - e que acusava o Hamas de falhar ao impor os códigos islâmicos.
- Nós declaramos Jund Ansar Allah e Moussa responsáveis pelo que aconteceu - afirmou Taher al-Nono, porta-voz do líder do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh , em uma conferência de imprensa à noite.