Bispos italianos condenam manifestações contra imigrantes

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Agência ANSA

ROMA - O responsável da Conferência Episcopal Italiana (CEI) para a Imigração, monsenhor Bruno Schettino, condenou os atos de violência contra imigrantes ocorridos na semana passada no sul do país.

O Vaticano também se manifestou em favor dos imigrantes. O monsenhor Antonio Maria Vegliò, presidente do Pontifício Conselho Pastoral para os Migrantes, defendeu o direito à obtenção de cidadania e ao voto.

- A Igreja sempre esteve ao lado dos imigrantes, sobretudo nas condições de maior vulnerabilidade e fragilidade, em todas as áreas do mundo, para defender a sua dignidade. Ao mesmo tempo, sempre impulsionou as sociedades de destino à abertura em relação a eles - declarou Vegliò.

Por sua vez, o responsável da CEI para a Imigração ressaltou hoje, em entrevista concedida à Rádio Vaticana, que "é preciso recriar um clima de maior e melhor acolhida, superando as tentações de xenofobia que geram medo, mortificação do homem e perda de esperança".

O bispo se referiu diretamente aos enfrentamentos ocorridos na cidade de Rosarno, na Calábria, envolvendo imigrantes, a polícia e moradores locais. As agressões deixaram mais de 60 pessoas feridas e provocaram a transferência de centenas de africanos para outros centros de acolhida.

O episódio, na opinião de Schettino, "colocou em evidência a fragilidade do sistema de acolhida e integração". Segundo ele, tratou-se de "uma luta entre pobres, na qual foi derrotado o mais pobre: o imigrante".