Porta-aviões chega ao Haiti com ajuda humanitária brasileira
Agência ANSA
PORTO PRÍNCIPE - O porta-aviões Cavour, que leva ao Haiti uma missão humanitária ítalo-brasileira, chegou hoje à costa do país caribenho. A tripulação do navio deu início imediatamente aos trabalhos de desembarque das ajudas.
Os primeiros helicópteros trazidos no navio já decolaram em direção à capital haitiana, Porto Príncipe, levando membros das equipes de socorro e mantimentos às vítimas do terremoto que devastou a cidade no dia 12 de janeiro.
Os veículos de maior porte, contudo, ainda se encontram a bordo do navio e só poderão desembarcar quando for definido o local onde o Cavour ficará atracado.
Na última quinta-feira, o Cavour fez uma parada em Fortaleza, onde embarcaram dois helicópteros da Marinha (um UH-14 Super Puma e um UH-12 Esquilo), 63 militares e 11 civis. Todos eles viajaram voluntariamente ao Haiti.
Os civis que embarcaram são cinco médicos e seis enfermeiros, que foram selecionados pelo Ministério da Saúde dentre 7 mil profissionais que se colocaram à disposição das autoridades para a viagem.
A embarcação, comandada pelo capitão Gianluigi Reversi, partiu da cidade italiana de Spezia no dia 19 de janeiro, com cerca de 900 pessoas a bordo, 135 toneladas de ajudas fornecidas pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) e mais 77 toneladas de material da Cruz Vermelha Italiana.
Além disso, o porta-aviões saiu da Itália com uma força tarefa de militares, que levavam escavadeiras, tratores, caminhões de grande porte, containers, gruas e cisternas.
O navio chega ao Haiti trazendo a bordo uma câmara hiperbárica móvel, com capacidade para doze pessoas, além de duas salas de cirurgia e 12 postos de terapia intensiva. O ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, explicou que o Cavour "se tornará um hospital avançadíssimo à disposição dos feridos".
Com 220 metros de comprimento e capacidade para abrigar até 20 aeronaves, o Cavour chega ao país mais pobre do Hemisfério Ocidental, que teve sua capital destruída por um tremor de terra de 7 graus na escala Richter, o pior em 200 anos na região.