Sensação é de absoluta impotência, diz brasileiro no Chile
Agência Brasil
SANTIAGO - O secretário executivo do Plano Nacional do Livro do Ministério da Cultura, José Castilho, dormia em um hotel em Santiago (capital) no momento em que ocorreu o terremoto de 8,8 de magnitude no Chile. Castilho disse que a sensação agora é de absoluta impotência. Um dos responsáveis pelo Congresso Internacional de Literatura Infanto-juvenil, ele reuniu os 44 brasileiros que foram para o evento e juntos formaram uma espécie de esforço coletivo para manter a confiança e buscar meios de retornar ao Brasil.
- Definitivamente quando ocorre uma situação como essa a impressão que a gente tem é que há uma total inutilidade em tudo. Mas aí rapidamente a gente põe em prática tudo o que se aprendeu que é evitar áreas de risco e fazer de tudo para colaborar - afirmou à Agência Brasil.
O secretário disse ainda que, apesar do apoio da Embaixada do Brasil em Santiago, não há perspectivas sobre o retorno dos brasileiros. Segundo ele, não existem voos da Força Aérea Brasileira (FAB) previstos nem condições de aeronaves comerciais deixarem o país.
- Queremos voltar para casa, mas entendemos perfeitamente que a prioridade é cuidar das vítimas do terremoto - afirmou o secretário.
- Estamos evitando deixar o hotel. Fomos até a embaixada para pedir providências. No meio do caminho há edifícios com rachaduras e prédios abalados. Não é uma imagem que se queira ver - acrescentou.
O terremoto do último sábado (27) matou pelo menos 711 pessoas e ainda há desaparecidos e desabrigados. Estradas, prédios públicos e privados foram destruídos. O prédio da Embaixada do Brasil em Santiago, que é uma casa antiga, também sofreu danos. Segundo o Itamaraty, não há informações de brasileiros mortos ou desaparecidos.