Igreja de Cuba diz mais 5 nomes de presos políticos que serão soltos

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Agência Brasil

BRASÍLIA - A Igreja Católica de Cuba divulgou hoje (9) os nomes de mais cinco presos políticos que serão libertados e seguirão para a Espanha nos próximos dias. A libertação faz parte de um acordo firmado entre a igreja e o governo espanhol com o presidente de Cuba, Raúl Castro. No total, 52 pessoas serão soltas. Para a Anistia Internacional, falta ainda conseguir a libertação de 53 presos políticos. A entidade exige também garantias de que todos, se quiserem, possam permanecer em Cuba.

A lista divulgada hoje pela igreja relaciona os seguintes presos: Antonio Acosta Villareal, Gonzalez Lester Penton, Luis Fernandes Milao, José Luis García Paneque e Pablo Pacheco Avila.

Ontem (8), o dissidente Guillermo Fariñas, de 48 anos, que fez greve de fome por 135 dias, anunciou o fim do protesto. Segundo ele, o fim da greve foi definido depois da decisão do governo de Cuba de libertar os presos políticos.

A Anistia Internacional informou que os presos foram detidos em 2003 durante um episódio que ficou conhecido como Primavera Negra. Na ocasião, houve 75 prisões. Mas, de acordo com a entidade, 23 pessoas já deixaram as prisões.

Em comunicado assinado pelo arcebispo de Havana, cardeal Jaime Ortega, foram divulgados ontem (8) os nomes dos seguintes presos que também serão soltos: Nelson Molinet Espino, Claro Altarriba Sánchez , José Garcia Daniel Ferrer, Marcelo Manuel Cano Rodriguez, Juan Angel Moya Acosta e Luis Enrique Ferrer García.

A libertação e a transferência de presos foram negociadas ao longo desta semana pelo cardeal, pelo presidente cubano e pelos ministros de Negócios Estrangeiros e da Cooperação da Espanha, Miguel Angel Moratinos, e de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla.