No Equador, vice presidente diz que Correa é alvo de tentativa de sequestro

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O vice-presidente do Equador, Lenín Moreno, afirmou nesta quinta-feira que o presidente Rafael Correa, refugiado em um hospital de Quito custodiado por militares rebeldes, é vítima de uma tentativa de sequestro.

As declarações do vice vão ao encontro do que disse o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Segundo o venezuelano, a vida de Correa está em perigo e ele pediu que o exército equatoriano não apoie um "golpe" contra o presidente.

Chávez afirmou à televisão estatal venezuelana que os policiais equatorianos em protesto estariam fazendo exigências a Correa em um hospital em Quito onde o presidente equatoriano estaria "sequestrado".

Chávez também alertou nesta quinta os países da Alba e da Unasul de que estão tentando "derrubar" seu colega equatoriano Rafael Correa e garantiu em uma conversa por telefone que terá total "apoio" e "solidariedade" da Venezuela.

"Estão tentando derrubar o presidente Correa. Alerta aos povos da Aliança Bolivariana! Alerta aos povos da Unasul! Viva Correa!", disse Chávez, na sua página da rede social Twitter.

Protestos

Os distúrbios registrados no Equador tem origem na recusa dos militares em aceitar uma reforma legal proposta pelo presidente Rafael Correa para ajustar os custos do Estado. As medidas preveem a eliminação de benefícios econômicos das tropas. Além disso, o presidente também considera a dissolução do Congresso, o que lhe permitiria governar por decreto até as próximas eleições, depois que membros do próprio partido de Correa, de esquerda, bloquearam no legislativo projetos do governante.

Isso fez com que centenas de agentes das forças de segurança do país saíssem às ruas da capital Quito para protestar. O aeroporto internacional chegou a ser fechado. No principal regimento da cidade, Correa tentou abafar o levante. Houve confusão e o presidente foi agredido e atingido com bombas de gás. Correa precisou ser levado a um hospital para ser atendido. De lá, disse que há uma tentativa de golpe de Estado. Foi declarado estado de exceção. Mesmo assim milhares de pessoas saíram às ruas da cidade para apoiar o presidente equatoriano.

Com informações de agências internacionais