Missão de paz da ONU no Haiti reforça segurança após onda de protesto

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PORTO PRÍNCIPE - A Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) reforçou a segurança após uma onda de protestos contra os resultados da eleição presidencial do país. Os resultados, divulgados na terça-feira passada, mostram que foram para o segundo turno a ex-primeira-dama, Mirlande Manigat, da Assembleia dos Democratas Nacionais Progressivos, e o candidato do governo, Jude Celestin, da Coalizão Unite. O segundo turno das eleições está marcado para 16 de janeiro.

Ontem (7), uma série de protestos foi registrada em Porto Príncipe, capital haitiana. Os manifestantes acusam o partido do governo de favorecer Jude Celestin. Após a apuração, ele recebeu 22,48% dos votos contra 31,37% de Mirlande Manigat. Eleita senadora em 1988, Mirlande Manigat, 70 anos, também foi primeira-dama no mesmo ano, quando o marido dela, Leslie Manigat, ocupou a presidência haitiana.

O engenheiro mecânico, Jude Celestin, 48 anos, foi escolhido pelo presidente René Préval para concorrer ao cargo. Ele também ocupou uma posição de destaque após o terremoto do Haiti, em fevereiro passado, com os trabalhos de resgate e reconstrução.

O coronel Carlos Aversa, porta-voz da Minustah, afirmou que as manifestações que começaram logo após o resultado da eleição presidencial haitiana são numerosas, mas ainda não são consideradas violentas. "Registramos algumas barricadas e fogo na rua. Tivemos notícia de tiros a noite inteira. Mas, por enquanto, mesmo que os protestos sejam bastante numerosos, não são o que podemos chamar de violentos. São pequenos grupos manifestando apoio a esse ou àquele candidato, pneus queimando, algumas barricadas e algumas pedradas. Não temos registro de mortos nem informações de grandes tiroteios", disse.