Bento XVI condena violência e guerra em homilia de Natal

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O papa Bento XVI usou termos bastante duros na noite desta sexta-feira para condenar aqueles que semeiam a violência e a guerra no mundo, ao celebrar a tradicional Missa do Galo na basílica de São Pedro, no Vaticano.

A cerimônia, iniciada mais cedo como em 2009 para preservar a saúde do pontífice, contou com um forte esquema de segurança para prevenir incidentes como o do ano passado, quando Bento XVI, de 83 anos, foi agredido por uma mulher com problemas mentais.

Na ocasião, Susanna Maiolo, de 25 anos, atirou-se sobre o papa quando ele adentrava a basílica, fazendo com que caísse no chão.

Este ano, o papa lançou um apelo por um mundo de "justiça, amor e paz".

"Senhor, cumpre por inteiro a tua promessa. Quebra as varas dos opressores. Queima as botas ressonantes (dos soldados). Faz com que termine o tempo das fardas ensanguentadas", pediu o pontífice durante a homilia, falando para os milhares de fiéis reunidos na praça do Vaticano.

"Te damos graças por tua bondade, mas também te rogamos: mostra o teu poder. Ergue no mundo o domínio de tua verdade, de teu amor; o reino de justiça, amor e paz", disse Bento XVI.

O papa falará mais no sábado, dia de Natal, durante a tradicional mensagem antes da bênção "Urbi et Orbi" ("à cidade e ao mundo"), na qual geralmente fala sobre os conflitos mundiais.

Nesta sexta, o santo padre destacou que Jesus Cristo, "justamente em sua debilidade de criança", mostra "diante dos poderes presunçosos do mundo a fortaleza própria de Deus".

"Este menino acendeu nos homens a luz da bondade e deu a eles a força para resistir à tirania do poder", afirmou o pontífice.

Bento XVI pediu o estabelecimento de "uma verdadeira irmandade".