Israel continua bombardeios em Gaza e mortos chegam a 90

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Dez pessoas, incluindo uma criança de 5 anos, morreram na manhã desta segunda-feira, na Faixa de Gaza, no sexto dia da ofensiva militar israelense, que desde quarta-feira provocou 90 mortes, informaram fontes médicas palestinas. Das vítimas, 87 eram palestinas e três eram israelenses. O número de feridos na Faixa de Gaza passa de 700 desde o lançamento da operação "Pilar Defensivo".

No bairro de Zeitun, na cidade de Gaza, quatro pessoas morreram em um ataque, entre elas um menino de 5 anos e duas mulheres de 20 e 23 anos. Em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, três palestinos da mesma família morreram em um ataque com foguete contra um carro no qual circulavam.

Além disso, um fazendeiro de 50 anos foi encontrado morto na cidade de Beit Lahiya, norte do território palestino. Outros dois agricultores morreram em um ataque em Qarara, ao leste de Khan Yunes, sul da Faixa de Gaza.

Israel atacou diversos alvos no norte e sul de Gaza ao longo da noite, entre eles duas delegacias da polícia do Hamas. O Exército israelense confirmou ter atacado cerca de 80 "lugares terroristas" durante a noite, incluindo vários locais de lançamento de foguete, túneis usados pelas milícias, bases de treinamento destas e "várias unidades terroristas que se preparavam para disparar foguetes contra Israel".

Em Gaza, foram escutados vários bombardeios noturnos, embora menos do que nas noites anteriores, e o barulho constante dos aviões não tripulados israelenses sobre o enclave palestino. Segundo testemunhas, a aviação israelense atacou propriedades de milicianos do Hamas de alta categoria na cidade de Khan Yunes, no sul de Gaza, e no campo de refugiados de Al Bureij, em Gaza capital, assim como diferentes alvos no norte do território.

Desde o início da ofensiva israelense na quarta-feira da semana passada, em resposta aos disparos de foguetes palestinos, morreram 90 pessoas: 87 palestinos e três israelenses. O domingo foi o dia mais violento, com 31 mortes, em sua maioria mulheres e crianças. De acordo com os últimos números divulgados pelo porta-voz do Ministério da Saúde do Hamas, metade dos mortos e 70% dos feridos desde quarta-feira passada são civis.