Detetive que investiga Pistorius é acusado por tentativa de assassinato
O detetive e sub-tenente Hilton Botha, chefe da equipe que investiga o atleta paralímpico Oscar Pistorius pela morte da namorada, a modelo Reeva Steenkamp, responde na Justiça por sete acusações de assassinato. A informação foi divulgada pelo site sul-africano Eywitness nesta quinta-feira.
Botha e outros dois policiais devem se apresentar ao tribunal no próximo mês de maio por conta de um incidente ocorrido há alguns anos. Na ocasião, o trio estaria bêbado dirigindo uma viatura oficial quando abriu fogo contra um ônibus com passageiros. Eles alegam que perseguiam um suspeito.
Os três foram presos em 2011 e depois liberados. O caso chegou a ser arquivado, mas a Polícia decidiu agendar um novo julgamento. "Todos os envolvidos serão acusados com sete acusações de assassinato, que é o número de pessoas que estavam no ônibus", declarou Neville Malila, porta-voz policial.
Apesar da Defesa de Pistorius já ter colocado em dúvida a credibilidade de Botha, a polícia divulgou que não irá tirá-lo do caso. "Ele (Botha) é inocente até que se prove o contrário. Ele é um detetive sênior e foi escolhido para o caso Pistorius por sua capacidade", afirmou Malila.
Pistorius foi detido na última quinta-feira como o único suspeito do assassinato a tiros de sua namorada, que apareceu morta na casa de Pretória do atleta com quatro marcas de tiros pelo corpo.
A imprensa sul-africana publicou de início que o atleta pôde ter disparado contra sua namorada ao confundi-la com um ladrão que entrou na casa. No entanto, a Polícia tomou distância desta informação, ao assegurar que não tem pistas que apontem para essa confusão com um ladrão.
A família do atleta emitiu um comunicado no qual negou "energicamente" que Pistorius tivesse matado a sua namorada.
O esportista sul-africano, que corre sobre duas próteses de carbono, fez história no verão passado em Londres ao se tornar o primeiro atleta com as duas pernas amputadas a participar dos Jogos Olímpicos.