Vaticano diz que morte de Brittany 'não foi digna'
Jovem norte-americana praticou o suicídio assistido no sábado
O Vaticano afirmou nesta terça-feira (4) que o suicídio assistido da jovem norte-americana Brittany Maynard, de 29 anos, foi um "absurdo" e não representa uma "morte digna". "O suicídio assistido é um absurdo, porque a dignidade é outra coisa, e não colocar um fim à própria vida", disse à ANSA o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, monsenhor Ignacio Carrasco de Paula. "Não julgamos as pessoas, mas o gesto é para se condenar", completou. Vítima de um câncer terminal no cérebro, Brittany decidiu praticar a eutanásia no último dia 1 de novembro. Ela morreu em sua casa, após tomar um medicamento letal prescrito por um médico. Através de um site (thebrittanyfund.org), a jovem produziu um vídeo para relatar ao mundo sua angústia e sua vontade de "morrer com dignidade".
"Adeus a todos meus queridos amigos e à minha família, que amo. Hoje é o dia que escolhi para morrer com dignidade, dada minha enfermidade em fase terminal, esse terrível câncer no cérebro que me encarcerou", escreveu a jovem em uma mensagem nas redes sociais. Para conquistar seu direito ao suicídio assistido, a jovem tinha se mudado com seu marido, Dan Diaz, para Oregon, que é um dos cinco estados dos EUA que permitem a eutanásia.
Ela começara a sentir enxaquecas fortes e recorrentes no final de 2013, logo após se casar. Em janeiro deste ano, foi diagnosticada com um dos tipos mais graves de tumor cerebral, chamado de glioblastoma. Os médicos lhe deram uma expectativa de vida de seis meses. (ANSA)