ONU diz que Estado Islâmico cometeu crimes contra a humanidade

Segundo relatório, líderes do grupo são responsáveis pelos atos

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O grupo Estado Islâmico (EI, ex-Isis) cometeu crimes de guerra e contra a humanidade na Síria. É o que diz relatório feito pela Comissão das Nações Unidas (ONU) que investiga a atuação dos jihadistas no Oriente Médio.

O documento foi divulgado nesta sexta-feira (14). Segundo a ONU, os líderes do EI são "individualmente e criminalmente" responsáveis por estes atos. O relatório divulgado pede à comunidade internacional ações e mecanismos, como o uso da Corte Penal Internacional (CPI) para que os chefes do EI respondam por estes crimes na Síria.

    Em agosto, a mesma comissão da ONU já havia emitido relatório acusando o EI de crimes de guerra e contra a humanidade no país.    

Apreensão de passaportes – O Reino Unido lançou novas medidas contra militantes ligados ao EI. O governo de David Cameron vai autorizar o confisco de passaportes de suspeitos de integrar o grupo para impedir que retornem ao país. O anúncio foi feito pelo próprio premier, nesta sexta-feira, na Austrália, onde participa do G20.

    A nova lei também prevê punições às empresas aéreas que não respeitarem as listas de suspeitos, fornecidas pelas autoridades de segurança. Segundo o jornal Daily Telegraph, as listas de "exclusão" têm válida de dois anos, tempo em que suspeitos de serem jihadistas não poderão retornar aio reino Unido.

    Estima-se que mais 500 militantes britânicos tenham ido ao Oriente Médio defender o EI. Em 2013, 200 pessoas foram presas no país, por terrorismo. (ANSA)