OEA pede reabertura de negociações por Malvinas
Entidade quer que governos se reúnam 'o quanto antes'
A assembleia geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou em Washington, por aclamação, uma declaração em que pede que Argentina e Reino Unido voltem a debater a questão da soberania das Ilhas Malvinas.
No documento, os países americanos reafirmam "a necessidade de que os governos da República Argentina e do Reino Unido da Grã Bretanha voltem a negociar, o quanto antes, sobre a disputa da soberania, com o objetivo de encontrar uma solução pacífica para esta prolongada controvérsia". Durante seu discurso diante do plenário, o ministro argentino das Relações Exteriores, Héctor Timerman, afirmou que "quando a Coroa Britânica usurpou as Ilhas Malvinas, para continuar com sua expansão imperial, e o fez com uma lógica estratégica e de apropriação de recursos naturais".
Ao se referir à exploração ilegal de recursos do mar argentino, o chanceler ressaltou que "no transcorrer dos últimos meses, o Atlântico Sul está assistindo a novas atividades britânicas de extração de hidrocarbonetos próximas as Malvinas". "Diante desta situação de ilegalidade, a Argentina está levando adiante um plano de ações legais e penais para proteger seus recursos naturais", afirmou Timerman. Para o representante do governo de Cristina Kirchner, a declaração da OEA mostra que "as controvérsias devem ser resolvidas de maneira pacífica". Desde 1833, Buenos Aires e Inglaterra brigam pelo arquipélago - chamado de Falkland pelos britânicos. Em 1965, a Organização das Nações Unidas (ONU) fez a primeira convocação de ambos os lados para debater o tema, sem sucesso.
Sob o governo ditatorial de uma junta militar, em 1982, os argentinos decidiram invadir o local para uma retomada a força.
Porém, pouco tempo após o início do sangrento confronto, Buenos Aires se rendeu. Mais de 600 militares sul-americanos e 255 britânicos morreram nos combates.