Prefeito de Roma fez bem em renunciar, diz Renzi
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, afirmou nesta sexta-feira (9) que a renúncia do prefeito de Roma, Ignazio Marino, era inevitável.
Correligionário do chefe municipal no centro-esquerdista Partido Democrático (PD), o premier disse que a situação chegara a um ponto tal que não existiam mais alternativas. "Por isso, acredito que Marino fez bem em se demitir", declarou.
O prefeito estava sendo pressionado há meses para deixar o cargo, mas sua situação ficou insustentável após a revelação de que ele gastara 150 mil euros em 2014 com jantares, hospedagens, reuniões e cerimônias oficias. Marino ainda tentou reagir, prometendo pagar as despesas do próprio bolso e cancelando seu cartão de crédito corporativo, mas sem sucesso.
Até mesmo o PD já tinha se juntado aos que pediam sua saída do cargo. "Agora, quem deseja o bem de Roma que pare com as polêmicas e as divisões. Eu fui prefeito e sei que aos cidadãos interessa que se arrume as ruas e os parques, não as lutas entre correntes", acrescentou Renzi, ex-alcaide de Florença.
Marino formalizou sua renúncia nesta sexta, mas ficará no cargo por mais 20 dias. Após esse período, a Câmara Municipal será dissolvida e o chefe da província de Roma, Franco Gabrielli, nomeará um comissário para administrar a cidade interinamente. A expectativa é que novas eleições sejam realizadas entre 15 de abril e 15 de junho do ano que vem.